Em nova divulgação do Boletim Epidemiológico sobre a HIV e a Aids no Brasil, elaborado pelo Ministério da Saúde, Alvorada voltou a figurar entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes cuja taxa de detecção da doença é mais alta.
A cidade é a segunda no ranking nacional, atrás apenas de Porto Alegre. A cada 100 mil habitantes, 63,1 possuem a doença em Alvorada. Já na Capital, 86,8 de cada 100 mil apresentam o vírus. No boletim divulgado pelo governo federal no ano passado, Alvorada estava na 11ª posição no ranking.
Apesar de ter subido de posição, entre os 100 municípios com mais de 100 mil habitantes e que possuem as maiores taxas de detecção, Alvorada foi a que apresentou a maior redução bruta da taxa.
Dados sobre o perfil dos casos detectados em Alvorada indicam maior incidência entre pessoas brancas, heterossexuais e com baixa escolaridade.
Em se tratando de raça e cor da pele, a taxa percentual de casos em brancos é quase cinco vezes a dos negros (60,7% a 12,5%). Pardos representam 8,9% dos casos. Já no nível de escolaridade, 37,5% dos pacientes possuem apenas o ensino fundamental incompleto, enquanto que pessoas com nível superior completo representam menos de 2%. No âmbito da orientação sexual, 44,6% são heterossexuais e 5,4% homossexuais. A transmissão vertical, entre mãe e filho, representa 8,9% dos pacientes.
A taxa de gestantes infectadas pelo HIV apresentou alta em 2015 após três anos de quedas consecutivas, passando de 17,8 em 2014 para 19 no ano passado. Até junho deste ano, 22 mulheres deram a luz infectadas pelo vírus.
Já a taxa bruta de mortalidade caiu, ficando em 20,8 para cada 100 mil habitantes. Na última década (2005 a 2015), a média anual ficou em cerca de 50 mortes.
Fonte: O Alvoradense