Agentes da Polícia Civil estão com as atividades suspensas desde a manhã da quarta-feira. A paralisação deve permanecer até quinta, às 18h. A mobilização atinge todas as delegacias de Alvorada, além de Porto Alegre, da região Metropolitana e das 29 regiões policiais do Interior.
Em Alvorada, segundo os agentes, o protesto não irá afetar o atendimento à população. As ocorrências de maior gravidade serão atendidas. A orientação é que ocorrências menores sejam realizadas pela internet.
O presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugerim), Isaac Ortiz, afirma que esta paralisação será decisiva para o estabelecimento de salário na proporção certa para todos. “Lutamos por vencimentos dignos. O governador Tarso Genro e seus diversos interlocutores vão ouvir rechaço da categoria à proposta que amplia o abismo salarial na Polícia Civil para mais de 350% em 2018”, diz Ortiz.
Durante a paralisação, inclusive nos atendimentos que serão mantidos, a expectativa do sindicato é ampliar a Operação Cumpra-se a Lei. Trata-se de orientação nacional da Confederação Nacional dos Policiais Civis (Cobrapol). Nesta operação os agentes não realizam mais atribuições privativas de delegados de polícia, conforme estabelece o Código de Processo Penal. Logo, a autoridade policial deve estar presente na lavratura de flagrante, inquirindo partes e testemunhas. O delegado deve conduzir oitivas, cumprir requisições judiciais e elaborar relatórios de inquérito policial.
Fonte: Aline Vaz / O Alvoradense