Acampado em frente à prefeitura, servidor inicia greve de fome

Servidor acampado em frente à prefeitura começou greve de fome na manhã desta segunda-feira | Foto: Jonathas Costa/OA
Servidor acampado em frente à prefeitura começou greve de fome na manhã desta segunda-feira | Foto: Jonathas Costa/OA

O servidor da área da saúde Valmor dos Santos Rodrigues, de 35 anos, começou na manhã desta segunda-feira (05) uma greve de fome por tempo indeterminado. Acampado ao lado de colegas trabalhadores de várias áreas do funcionalismo público de Alvorada, Valmor diz que só tomará água e passará a beber apenas dois copos de leite ao dia, um pela manhã e outro à noite.

Os servidores municipais deflagraram greve por tempo indeterminado nesta manhã. Entre as reivindicações estão aumento salarial de 20%, vale-alimentação de R$ 18 com padronização de desconto de 20% e fim do assédio moral.

Apesar da lista de exigências, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Alvorada (Sima), Rodinei Rosseto, garante que se o prefeito receber o comando de greve em uma reunião com a presença da imprensa, os servidores voltam ao trabalho. “Depende dele dizer quando esta greve vai acabar”, resumiu Rosseto.

Valmor não teme prejuízos a sua saúde. “A greve (de fome) simboliza o desrespeito pelo qual os servidores e os usuários dos serviços públicos de Alvorada passam diariamente”, justifica o sindicalista.

Foram montadas ao longo desta manhã no Largo Leonel Brizola, em frente ao prédio da prefeitura, várias tendas e algumas barracas. A intenção dos grevistas é permanecer acampados no local enquanto durar a paralisação.

Listas com turmas atingidas pela greve estavam nos portões das escolas municipais ao longo da manhã | Foto: Jonathas Costa / OA
Listas com turmas atingidas pela greve estavam nos portões das escolas municipais ao longo da manhã | Foto: Jonathas Costa / OA

Alcance da greve
A mobilização dos servidores atinge grande parte das escolas municipais, mas em escalas distintas. Na Alfredo José Justo, por exemplo, apenas três professores apareceram para dar aula. Na porta da instituição durante o período da manhã, era a diretora quem avisa aos alunos sobre a paralisação. Na escola Aparício Borges, no entanto, nenhum professor ou funcionário aderiu à greve.

Procurada, a prefeitura afirmou, por meio da Coordenadoria de Comunicação Social, que não faria comentários a respeito da mobilização por considerar baixa a adesão.

Dois postos de saúde, no entanto, ficaram fechados pela manhã. Na Americana, a UBS abriu as portas, mas vacinas da gripe não estavam sendo aplicadas já que nenhum enfermeiro foi trabalhar. No Pam 8 o atendimento é normal.

Fonte: O Alvoradense