A comunidade do bairro Piratini está mobilizada em busca de socorro. Após uma série de arrombamentos a escolas da região, de onde levaram equipamentos utilizados por alunos e professores, a violência do final de semana fez vítimas e espalhou o medo entre os moradores.
Na noite de sábado (26) uma dona de casa foi assassinada em frente a um mini-mercado localizado na avenida Olegário José Guimarães. Edna Martins da Silva foi atingida por seis tiros no tórax. Chegou a ser socorrida, mas morreu antes de chegar ao hospital.
De acordo com testemunhas, os atiradores usavam máscaras em um veículo Astra de cor vermelha. O alvo era um homem que estava no interior do estabelecimento. A vítima estava acompanhada da neta e dos bisnetos, que nada sofreram.
No domingo (27) um novo crime chocou a comunidade, desta vez na rua Santos Dumont, próximo à primeira ocorrência. A vítima foi um rapaz chamado Anderson, atingido por quatro disparos. Ele estava acompanhado de duas crianças e uma mulher, que foi ferida no pé e no pescoço e permanece hospitalizada. As crianças, de cinco e sete anos, também foram atingidas de raspão.
A polícia está investigando se há ligação entre os dois tiroteios. Pelas redes sociais, moradores relataram um suposto toque de recolher que passaria a vigorar no bairro. A Brigada Militar ainda não confirmou a veracidade da informação.
Reunião busca maior policiamento
Uma comitiva formada por representantes dos bairros Piratini, São Pedro e Caxambu estiveram em reunião com o comandante do 24º Batalhão de Policia Militar (BPM), Major Maurício Padilha, na terça-feira (29).
No encontro houve o relato das ocorrências na região. Também o comércio de entorpecentes nas proximidades das escolas e o aumento no número de usuários de drogas foi motivo para solicitar a retomada do patrulhamento escolar.
Fizeram parte da comitiva o vereador Juliano Marinho (PT), as diretoras e vices das escolas Emilia de Oliveira e Rui Barbosa e representante da Vale Verde; o coordenador do Conselho Tutelar, Jeferson Neni; presidente da Associação de Moradores da São Pedro, Farias; padre Sandro, da Paróquia Nossa Senhora da Saúde e pastora Elfi Rehbein, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
Ficou acertado entre a comissão e a Brigada Militar a criação de uma conta no Whatsapp para integrar as escolas e a BM. Assim, deverá acontecer um monitoramento mais efetivo, dando agilidade aos atendimentos em caso de ocorrência.
A Brigada também se colocou mais atuante no bairro.
Fonte: O Alvoradense