**Texto de Rogério Bastos
A comunicação figura dentre um dos mais importantes requisitos do sucesso apontados por diversas pesquisas feitas ao longo dos dois últimos séculos com pessoas bem-sucedidas pro mundo. Os líderes mais marcantes da humanidade se diferenciaram pela habilidade de se comunicar com seu público. Atualmente, a alta conectividade, os reality shows e as inúmeras ferramentas da internet que são colocadas à disposição das pessoas fazem com que o mundo se torne um grande palco. Logo, o convencer anda aliado ao saber, e leva ao vencer.
Para que a comunicação tenha impacto e êxito, não significa que a pessoa precise ter vocabulário sofisticado nem saiba falar bonito. Comunicação eficiente se relaciona à transmissão das ideias de forma clara e compreensível. Aliás, comunicação não é o que se diz, nem o que se comunica, mas o que as pessoas entendem.
É aquilo que fica da mensagem comunicada. É o percebido e compreendido por parte da audiência.
As pessoas estão acostumadas a pensar que a essência da comunicação está nas palavras, especialmente quando se trata de falar em público. A “pá que lavra” realmente tem um peso significativo em nossa comunicação; no entanto, quando nos referimos à capacidade de impactar, convencer, fixar uma mensagem na mente das pessoas, a palavra perde força. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, constatou que o poder de influência da comunicação humana depende apenas em 7% das palavras. O tom de voz tem um poder de influência que corresponde a 35%, e os demais 58% representam o poder de expressão da fisiologia do comunicador.
Para comprovarmos o estudo americano, basta declamarmos uma poesia eliminando sua pontuação, ela simplesmente perde completamente o sentido. Outro exemplo clássico vem do jornalismo. A mesma notícia transmitida por diferentes jornalistas televisivos repercute de forma diferente na capacidade de assimilação do telespectador. A forma como a notícia é transmitida e a credibilidade do jornalista se reflete nos salários pagos pelos veículos de comunicação, cujas diferenças são consideráveis.
Na teledramaturgia, as diferenças são imensas e absolutamente relacionadas à capacidade interpretativa do ator. Em nosso cotidiano, seguramente conhecemos pessoas que não levam jeito para contar piada enquanto outras fazem piada de tudo, e tudo parece merecer graça. Em ambas as anedotas, as palavras podem ser exatamente as mesmas, no entanto, a capacidade de influenciar e impactar as pessoas muda por conta de quem dela faz uso. Esta diferença está nos 93% restantes da capacidade de influência que as pessoas possuem.
*Matéria originalmente publicada no site www.rogeriobastos.com.br no dia 25 de abril de 2016, em “Noticias do Tradicionalismo Gaúcho”, por Rogério Bastos.
**Rogério Pereira Bastos é natural de Porto Alegre, mas com raízes profundas na Rainha da Fronteira (Bagé). Bastos é professor de História, graduado e pós-graduado neste curso pela FAPA, e pós-graduado em administração no terceiro setor pela FIJO/PUCRS. Ao lado de Manoelito e Odila Savaris, Jarbas Lima, Ivo Benfatto, Omar Lopes e outros, faz parte do quadro de Palestrantes do MTG e da FCG. Ministra Palestras em todo o Rio Grande do Sul e fora dele com os mais diversos temas, dentre eles: História do Movimento Tradionalista Gaúcho, História do Rio Grande do Sul, Tradição / Tradicionalismo, Liderança, Sistemas de Avaliação em Concursos Tradicionalistas, Trabalho em Equipe e Motivação.