Novidade no cenário eleitoral de Alvorada neste ano, o PSol terá candidatura própria à Prefeitura. O pré-candidato é Rodinei Rosseto, atual presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alvorada (Sima).
O nome de Rosseto já era cotado para a disputa desde março do ano passado, quando um grupo ligado a ele deixou o PT e filiou-se ao PSol, fundando o partido na cidade.
A possibilidade de Rosseto ser candidato à Câmara de Vereadores também foi cogitada, mas segundo ele – em entrevista ao jornal O Alvoradense – sua atuação seria restrita. “Não poderia fazer a transformação que a cidade precisa e estaria limitado a trancar a pauta de votação apenas”, avalia, ao citar que atualmente o sindicato já consegue fazer grande mobilização no Legislativo. “O Sima tem mais força que muitos vereadores hoje.”
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Por ser esta a primeira empreitada da sigla no município, a executiva estadual garantiu apoio total ao projeto, com uma atenção especial do deputado estadual Pedro Ruas e da vereadora de Porto Alegre Fernanda Melchionna. A orientação é para coligações apenas com partidos de esquerda. As negociações, contudo, ainda estão em aberto. “Apostamos em uma coalizão enxuta e não descartamos chapa única”, garante.
Rosseto revela que foi procurado pelo PMDB no ano passado, mas rejeitou o convite. “Não teria como eu ir para a direita. Por coerência, optei pelo PSol.”
Após conseguir a homologação do partido na cidade em janeiro deste ano, o grupo conta hoje com mais de 480 filiados. A grande maioria é de servidores públicos, o que, nas palavras de Rosseto, significa o anseio da categoria por representação.
Apesar da organização, o pré-candidato reconhece o desafio. “Sabemos do nosso tamanho, mas sem dúvidas daremos um ‘tempero’ às eleições”, projeta, ao garantir que o grupo possui “maturidade e coragem suficientes para emplacar o primeiro projeto municipal do PSol”.
O afastamento dele do sindicato deve ocorrer nas próximas semanas. Questionado sobre a ligação com a entidade e uma possível limitação de sua pauta de atuação, Rosseto foi taxativo: “Temos que abrir o leque e ver o todo. O PSol sempre teve o pensamento no coletivo, e não será diferente agora.”
Fonte: O Alvoradense