Seguem os protestos em Porto Alegre contra a prisão de quatro brigadianos, acusados de suposta formação de milícia e que seguem presos após uma semana.
O movimento, liderado pelo 1º Tenente da Reserva Diógenes Berthes Silva, advogados e familiares dos PMs, se intensificou após a Justiça negar a liminar que pedia habeas corpus ao grupo. “Queremos que seja concedida aos quatro policiais militares a oportunidade de responder o processo em liberdade, em respeito à Constituição Federal”, destacou o advogado Chistian Tombini.
Eles foram presos na última sexta-feira (30) logo que chegaram à cidade de Encantado, no interior do Estado. A defesa diz que PMs aceitaram oportunidade de trabalho de segurança privada a um candidato a prefeito da cidade, que havia registrado Boletim de Ocorrência por ameaça na véspera. O trabalho extra serviria para complementar a renda, prejudicada pelo parcelamento de salário, promovido do Estado.
Direitos Humanos
Nesta sexta-feira (7) foi encaminhado à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa documento assinado por familiares, amigos e colegas dos PMs em que a situação dos presos é denunciada como sendo de tortura psicológica e risco de morte.
Três dos quatro PMs trabalham no Presídio Militar, sendo o outro aposentado. Por se encontrarem detidos em seu local de trabalho, onde são responsáveis pela disciplina, tem sofrido ameaças de morte e pressão psicológica.
A resposta dos parlamentares foi positiva, garantindo que irão dar apoio à causa desses “homens de bem, de conduta ilibada e que tem o direito de responder às acusações em liberdade”, diz documento que circula nas redes sociais.
PMs de Alvorada seguem mobilizados no apoio aos colegas e seus familiares, em busca de liberdade ao grupo, preso já há uma semana. Há ainda o argumento de que essa seria uma perseguição política, “não vivemos em uma ditadura ou um regime totalitário; prisão política não faz parte do regime democrático”, diz postagem em rede social.
Fonte: O Alvoradense