Quando sujeitos ao domínio de ideias imperativas, geralmente somos afetados por certo descontrole que nos embota a visão e acabamos perdendo a capacidade de cercearmos as pressuposições, impondo aos outros, sob essa tutela, as nossas crenças, para que pensem da mesma maneira que pensamos, não limitando, em consequência desse desarranjo, o terreno do desrespeito, da individualidade e do livre arbítrio.
Situam-se esses fatos nas eventuais necessidades, mesmo que impensadas ou com intencionais objetivos, de querer influenciar o outro com grandes proclamações experimentais e não científicas, induzindo, desonestamente, à fatalidade do erro, mesmo que as partes estejam enganadas, como se fosse extremamente difícil compreender o fato de que a realidade pessoal é contagiosa.
É comum vermos esses indutores que imaginam ser verdade aquilo que para eles verdade não é, o que proferem, sustentando uma lógica falsa e obtusa, que não experimentaram. Esconde tal fato o jargão que diz: pimenta nos olhos dos outros é açúcar, ou, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Fato que revela as evidências passíveis de ser nominada como hipocrisia, e não a utilização dessa palavra de forma gratuita e frágil que temos visto empregada quando a intenção visa a cegueira de uma única visão da história. Toda história tem um outro ponto de vista, aqueles mesmos que tais tendenciosos correm, em desesperada avidez, para promover sua ocultação.
O grave problema social cujas complicadas equações sugerem urgência às suas soluções, têm apresentado, até agora, resultados nefastos que demonstram, mesmo que esses não sejam exatos como determina a matemática enquanto ciência, ações absolutistas do poder pelo poder, a qualquer custo, enquanto dinheiro, enquanto arrogância e enquanto não encontramos outros termos para traduzirmos tais situações. As costuras adequadas e possíveis mediante a coleta dos dados para essa busca e solução do teorema passa, obrigatoriamente, por uma mudança de comportamento coletivo.
Esse comportamento deverá ser transparente para que seja genuíno. As ciências sociais e a filosofia deverão ser reerguidas em plenitude e abertas às discussões e debates, para que o consenso se revele um instrumento democrático contra a rigidez, pronto a ser rompido e transformado continuamente.
No topo desse embate encontramos um país divido, alquebrado, intolerante, partido em duas forças com seus nítidos contornos. Com ou sem razão, com ou sem lógica, mas com o objetivo comum e único de domínio e tomada de poder, por certo não tardará a provar-nos o quão cíclica a história é.
A tecnologia, fantasticamente desenvolvida na última década, ajudou ao acirramento dessas posições através das redes sociais, apressando e encurtando os períodos destes ciclos.
Resumindo: Nada de novo no “front”. O SER HUMANO é o mesmo desde sempre. Ambição, orgulho e prepotência lhes são inerentes, e nada, em nenhum momento, traz quaisquer novidades: o PERÍODO NEOLÍTICO é, ainda, AQUI E AGORA.