Segue a busca por Gustavo Marques Cassali, o jovem de 22 anos desaparecido desde 7 de outubro. A família não possui nenhuma pista, porque ele desapareceu sem levar celular ou documentos
Naquela quinta-feira ele, que é morador de Porto Alegre, bairro Partenon, estava na casa de uma colega no bairro Umbu, quando saiu para comprar cigarros, por volta das 23h50. A amiga conta que chegou a avisar do perigo do bairro, mas ele insistiu e deixou todos os pertences com ela. Só o que se sabe é que ele não chegou ao seu destino.
No dia seguinte, como não apareceu no supermercado em que trabalha, na avenida Plinio Brasil Milano, a gerência entrou em contato com a família. Só então foi notado o desaparecimento de Gustavo.
Desde então a mãe o procura, tendo inclusive fornecido material genético para exame de DNA, pois no dia seguinte ao seu desaparecimento, um corpo ainda não identificado foi encontrado carbonizado no porta-malas de um carro no bairro Sítio dos Açudes. A demora no resultado se dá porque a amostra que a perícia tem para comparar está muito comprometida.
Gustavo é o único filho de Fernanda Dias Marques Alves e morava com ela e o padrasto e os filhos dele “irmãos de coração de Gustavo”, conta a mãe.
Ainda segundo Fernanda, estava muito feliz no trabalho. Concluiu o Ensino Média e cursou o curso Técnico em Mecânica no Senai. “Era um cara tranquilo, caseiro, tinha muitos amigos, gostava de jogar vídeo game e jogar futebol, vinha de um relacionamento de uns dois anos, então não saia quase. A partir de agosto foi que começou a sair com os colegas de trabalho e foi a primeira vez que esteve na casa dessa colega”, conta Fernanda.
A família chegou a realizar buscas no bairro por conta própria naquele primeiro final de semana, “mas depois de tanto ouvir que era perigoso, deixamos de fazê-lo”, conta Fernanda. Também distribuíram cartazes pela avenida Presidente Getúlio Vargas, nas paradas de ônibus e farmácias, além de ligar diariamente para todos os hospitais de Porto Alegre e região Metropolitana.
A única pista, conforme a mãe de Gustavo, foi um telefonema recebido pela síndica do prédio onde mora a colega do rapaz, por volta das 2h, perguntando por uma moradora. Foi passado o número solicitado, contudo “não atendeu a ligação porque estava dormindo. O que nos leva a crer que alguém pudesse estar com ele, querendo confirmar com a colega quem ele realmente era”, conclui a mãe de Gustavo.
DHPP
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Alvorada, cujo titular é o delegado Edimar Machado Souza. Ele lembra que o local em que o veículo queimado foi encontrado é usado como ponto de “desova” e que o carro tinha placas clonadas, o que impossibilita checar as informações sobre o dono do veículo.
Além do rapaz de ter saído sem celular ou documentos, apenas com dinheiro para o cigarro, na região não existem câmeras de monitoramento, o que dificulta saber o que realmente aconteceu.