O anúncio feito na última semana, de que Governo do Estado do RS e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluíram o estudo prévio para o futuro edital de concessão de 1.131 quilômetros de rodovias estaduais à iniciativa privada causou movimentação em lideranças municipais, incluindo as de Alvorada.
As estradas foram divididas em três lotes, sendo que um deles inclui a ERS 118, que passa pelo município e aguarda a duplicação à muitos anos.
A expectativa é de que o edital seja publicado até o fim de setembro deste ano. Até lá as comunidades que poderão ser atingidas pela mudança se mobilizam.
O presidente da Câmara de Vereadores, Cristiano Schumacher (PTB) esteve reunido com o prefeito Arno Appolo do Amaral (MDB) e empresários do setor de logística, firmando posição definitivamente contrária à instalação do pedágio na ERS 118.
”Vamos trabalhar juntos para demover o Estado da decisão já tomada sobre a instalação da praça de pedágio, pois Alvorada é a única cidade com espaço amplo no Distrito Industrial para ampliação, e essa infeliz atitude acaba com a possibilidade de negociação, investimentos e consequentemente, o crescimento do local e da nossa economia municipal”, avalia o vereador.
Ele salienta, ainda, que o pedágio que a Câmara Municipal repudiou nas últimas sessões ordinárias, deixou de ser uma ideia e surpreendeu a todos, “se materializando com orçamento e data prevista, sem consulta, sem debate, sem chance de resistência”.
Audiência Pública
Frente a esta ação do Governo Eduardo Leite (PSDB), está marcada para 29 de junho uma Audiência Pública que vai discutir os malefícios do pedágio para Alvorada, buscando conscientizar e unir esforços com representantes políticos, entidades da região, lideranças comunitárias, empresários locais e sociedade civil, para criar um movimento forte de combate à instalação do pedágio.
“Alvorada já sofreu muito com a instalação de pedágios. Foram 20 anos de prejuízo para a cidade, uma vez que o pedágio que existia na Freeway dificultou a venda dos lotes industriais ao longo da ERS 118 e atrasou o progresso do município. Não vamos aceitar retrocessos”, finaliza Schumacher.