Em uma operação chamada “Maria Fumaça” e realizada nesta quarta-feira (27), a Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas (DRFC / DEIC), com apoio do setor de inteligência do 20º Batalhão da Brigada Militar, realizou ações de combate à organização criminosa voltada ao roubo de cargas de cigarro, com atuação em Porto Alegre e Região Metropolitana.
Foram cumpridas 12 ordens de prisão, restando apenas um foragido e apreendidos materiais de interesse da investigação, em especial telefones celulares – inclusive, dois destes, na cela do líder da quadrilha. As ordens judiciais, expedidas pela Vara de Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro, foram cumpridas em Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Porto Alegre e Osório, onde houve o apoio da Polícia Penal da Penitenciária Modulada de Osório/RS.
As investigações, que começaram há cerca de cinco meses, identificaram que a organização criminosa era comandada por um preso da Penitenciária Modulada Estadual de Osório, onde cumpre pena pelos crimes de homicídio e posse/porte de arma de fogo de uso restrito. Utilizando um celular, ele comandava as ações criminosas e conquistava novos integrantes para os roubos.
Para isso contava com a colaboração de sua companheira, em liberdade. A Polícia conseguiu identificar a participação de, pelo menos, duas funcionárias responsáveis por realizar entregas de cigarros para uma empresa.
Uma das suspeitas, próxima ao comando da quadrilha, fornecia informações privilegiadas sobre as rotas, cargas transportadas, veículos e seus motoristas, facilitando a abordagem e o sucesso dos roubos. A outra, de uma terceirizada, levou diretamente a um depósito da quadrilha, por duas vezes, a carga que transportava, falsamente registrando ocorrências de roubo. Neste mesmo depósito, em abril deste ano, foram presas três pessoas com uma carga de cigarros logo após ter sido roubada.
Ao longo da investigação foram presos alguns dos integrantes da quadrilha durante ações de combate ao roubo de cigarros, contudo rapidamente substituídos. Por isso, seis dos 13 mandados de prisão são relativos a indivíduos já presos. Há a certeza de que a quadrilha foi responsável por, pelo menos, 14 roubos, podendo este número ser ainda maior.