Em entrevista concedida no sábado (20), a diretora do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Bruna Favero falou sobre as ações promovidas junto ao Ministério Público do Estado (MPRS) e ao Conselho Regional de Medicina (Cremers), para denunciar e pedir providências referentes à precarização das condições de trabalho dos profissionais no Hospital de Alvorada.
De acordo com ela, na madrugada de 11 de abril, os profissionais do Hospital de Alvorada entraram em contato com o Simers para informar que não havia soro, insumo para medicação intravenosa e nem laringoscópio para realizar a intubação de pacientes. Enquanto a nova gestão afirmava normalidade no atendimento à população, médicos que atuam na Emergência relatavam falta de insumos e equipamentos básicos.
A Associação Beneficente João Paulo II passou a administrar o Hospital de Alvorada em 1º de abril, antes gerenciado pelo Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), que se encontra em processo de recuperação judicial. O entendimento de que o processo de transição foi súbito e sem qualquer planejamento, motivou ação do Simers e demais sindicatos de trabalhadores da instituição para garantir, desde os direitos rescisórios, até o atendimento digno e adequado aos pacientes.