O 18° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (18), divulgou a lista das cidades brasileiras com os maiores índices de estupro em 2023. Segundo o levantamento, apenas os municípios com mais de 100 mil habitantes foram analisados. Do Rio Grande do Sul, fazem parte da lista Alvorada, Gravataí, Passo Fundo, Uruguaiana e Viamão (confira a colocação na lista abaixo).
No Brasil, em primeiro lugar está Sorriso, no Mato Grosso, com uma taxa de 113,9 estupros a cada 100 mil habitantes; em segundo lugar está Porto Velho, a capital de Rondônia, com uma taxa de 113,6 vítimas a cada 100 mil habitantes; em terceiro, aparece Boa Vista, capital de Roraima, com uma taxa de 110,5 a cada 100 mil pessoas; na quarta posição está Itaituba, no interior da Bahia, com uma taxa de 100,6 e a quinta maior taxa de violência sexual do país foi verificada na cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, município próximo à divisa com o estado do Paraná e a pouco mais de 100 km da fronteira com o Paraguai.
Estupros quase dobraram em 13 anos no Brasil
O anuário também analisou o número de estupros ao longo dos últimos 13 anos. Em 2011, o primeiro ano da série histórica, o Brasil registrou 43.869 casos no País. Em 2023, esse número aumentou 91,5%, chegando a 83.988 vítimas. Isso significa que o país registrou um estupro a cada seis minutos em 2023.
Desse total, 76%, ou três a cada quatro vítimas, são menores de 14 anos. “As vítimas, assim como já demonstrado em outras edições do Anuário, são basicamente meninas (88,2%), negras (52,2%), de no máximo 13 anos (61,6%), que são estupradas por familiares ou conhecidos (84,7%), dentro de suas próprias residências (61,7%)”, diz trecho do documento.
Veja as 50 cidades brasileiras com as maiores taxas de estupro
Sorriso (MT) – 113,9 a cada 100 mil habitantes
Porto Velho (RO) – 113,6 a cada 100 mil habitantes
Boa Vista (RR) – 110,5 a cada 100 mil habitantes
Itaituba (PA) – 100,6 a cada 100 mil habitantes
Dourados (MS) – 98,6 a cada 100 mil habitantes
Rio Branco (AC) – 97,9 a cada 100 mil habitantes
Três Lagoas (MS) – 88,5 a cada 100 mil habitantes
Guarapuava (PR) – 87,3 a cada 100 mil habitantes
Almirante Tamandaré (PR) – 85,1 a cada 100 mil habitantes
Luziânia (GO) – 83,7 a cada 100 mil habitantes
Breves (PA) – 83,2 a cada 100 mil habitantes
Chapecó (SC) – 82,8 a cada 100 mil habitantes
Paragominas (PA) – 82,4 a cada 100 mil habitantes
Passo Fundo (RS) – 82,0 a cada 100 mil habitantes
Castanhal (PA) – 81,7 a cada 100 mil habitantes
Viamão (RS) – 80,3 a cada 100 mil habitantes
Barcarena (PA) – 79,7 a cada 100 mil habitantes
Parauapebas (PA) – 78,8 a cada 100 mil habitantes
Camboriú (SC) – 78,6 a cada 100 mil habitantes
Colombo (PR) – 76,7 a cada 100 mil habitantes
Araucária (PR) – 75,8 a cada 100 mil habitantes
Cametá (PA) – 74,5 a cada 100 mil habitantes
Uruguaiana (RS) – 72,5 a cada 100 mil habitantes
Alvorada (RS) – 72,1 a cada 100 mil habitantes
Abaetetuba (PA) – 72,1 a cada 100 mil habitantes
Santana (AP) – 71,5 a cada 100 mil habitantes
Gravataí (RS) – 71,3 a cada 100 mil habitantes
Altamira (PA) – 71,3 a cada 100 mil habitantes
Trindade (GO) – 70,2 a cada 100 mil habitantes
Itajaí (SC) – 70,1 a cada 100 mil habitantes
Piraquara (PR) – 69,9 a cada 100 mil habitantes
Fazenda Rio Grande (PR) – 69,9 a cada 100 mil habitantes
Sinop (MT) – 69,8 a cada 100 mil habitantes
Ponta Grossa (PR) – 69,8 a cada 100 mil habitantes
Teresópolis (RJ) – 69,6 a cada 100 mil habitantes
Campo Grande (MS) – 69,3 a cada 100 mil habitantes
Linhares (ES) – 69,0 a cada 100 mil habitantes
Formosa (GO) – 68,2 a cada 100 mil habitantes
Botucatu (SP) – 67,5 a cada 100 mil habitantes
Paranaguá (PR) – 67,2 a cada 100 mil habitantes
Manacapuru (AM) – 64,8 a cada 100 mil habitantes
Cuiabá (MT) – 64,5 a cada 100 mil habitantes
Cascavel (PR) – 63,5 a cada 100 mil habitantes
Jataí (GO) – 63,4 a cada 100 mil habitantes
Tangará da Serra (MT) – 62,9 a cada 100 mil habitantes
Barretos (SP) – 62,9 a cada 100 mil habitantes
Aparecida de Goiânia (GO) – 62,1 a cada 100 mil habitantes
Itumbiara (GO) – 62,1 a cada 100 mil habitantes
Paulo Afonso (BA) – 62,0 a cada 100 mil habitantes
Ourinhos (SP) – 60,6 a cada 100 mil habitantes
Atlas da Violência
Já o Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em colaboração com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado em junho, coloca Alvorada entre as duas cidades gaúchas mais violentas do País em um levantamento de 100 municípios. Em 39º lugar está Rio Grande e Alvorada chega à 75ª colocação.