Na próxima semana, de 26 a 30 de agosto, acontece a segunda edição da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Polícia Civil (PC/RS) e o Instituto-Geral de Perícias (IGP/RS).
O evento mobilizará esforços em todas as regiões do Estado para realizar coletas de material biológico e entrevistas com familiares de desaparecidos, além de consultas e registros de ocorrências. Em Alvorada, haverá um posto de coleta na Praça Central João Goulart, segunda-feira (26), das 9h às 12h
Resultados
A primeira campanha nacional, realizada em 2021, foi um marco importante na busca por desaparecidos. No Rio Grande do Sul, o mutirão realizado naquele ano resultou na coleta de material genético de 190 familiares, o que permitiu a identificação de 14 indivíduos.
Esse sucesso inicial evidenciou a importância da utilização de perfis genéticos na resolução de casos de desaparecimento, e agora, em 2024, o Estado se prepara para ampliar ainda mais esse trabalho.
Campanha em 2024
Os mutirões acontecerão em diversas cidades gaúchas onde equipes do IGP/RS e da Polícia Civil estarão à disposição para atender os familiares, realizando coletas de amostras biológicas e atendimento à população para consultas e registros de ocorrência de desaparecimento.
A coleta é feita por suabe oral e/ou amostras de sangue, e são utilizadas apenas com a finalidade de encontrar pessoas desaparecidas. As amostras coletadas serão processadas pelo IGP/RS e os perfis genéticos gerados serão inseridos no Banco de Perfis Genéticos (BPG/RS), onde serão comparados com os perfis de corpos já cadastrados.
Atualmente, o banco de dados do Estado conta com material genético de 633 corpos e de 715 famílias, o que demonstra a abrangência e a relevância desse trabalho contínuo.
Banco de Perfis Genéticos
O Banco de Perfis Genéticos é uma ferramenta essencial na identificação de pessoas desaparecidas. Através da comparação dos perfis genéticos de restos mortais não identificados com os perfis coletados de familiares, é possível trazer respostas para as famílias e contribuir para a solução de casos que, de outra forma, poderiam permanecer sem resolução por anos.
O mutirão, embora seja uma iniciativa concentrada, representa apenas uma parte do esforço contínuo do IGP/RS.
O Instituto realiza coletas de material genético ao longo de todo o ano, em todos os Postos Médico-Legais do Estado, o que pode ser feito sempre que há um registro de ocorrência de desaparecimento. Essa atividade de rotina é fundamental para garantir que, a qualquer momento, as famílias possam buscar apoio e colaborar com as investigações.
Como participar
Para participar da campanha, os familiares de pessoas desaparecidas devem estar munidos de documentos de identificação.
A coleta de DNA é simples e não invasiva, feita através de uma amostra de saliva. Além disso, os familiares podem trazer objetos de uso pessoal do desaparecido, como escova de dentes, pentes, ou aparelhos de barbear, que podem ser utilizados para extração do DNA do próprio desaparecido.
É importante ressaltar que o serviço é gratuito e voluntário, e que o material coletado será utilizado exclusivamente para a identificação de pessoas desaparecidas, conforme previsto na legislação.
Em caso de identificação positiva, seja de uma pessoa viva ou de um óbito, a família será imediatamente contatada para os procedimentos legais.
O IGP/RS e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul reforçam a importância da participação de todos os familiares de primeiro grau – pais, mães, filhos e irmãos – nesse esforço coletivo.
Fonte: IGP/RS