2010 em Itaqui
2011 em Taquara cinquentenário da Carta de Princípios
2012 em Venâncio Aires
2013 em General Câmara (Santo Amaro)
2014 em Cruz Alta
2015 em Colônia Sacramento no Uruguai, primeira vez que é acesa fora do Brasil.
2016 em Triunfo, cidade natal de Bento Gonçalves
2017 em Mostardas onde nasceu Menotti Garibaldi, filho de Anita e Giuseppe Garibaldi,
2018 em Iraí
2019 em Tenente Portela
2020 e 2021 acendimentos foram regionalizados conforme Portaria 17/2020, que redefiniu também os demais locais a ser gerada a chama para os próximos 30 anos.
2022 em Canguçu.
2023 em Cristal
2024 – Alegrete – primeira vez que foi acesa por três países (Brasil, Argentina e Uruguai).
Futuros acendimentos previstos:
Caxias do Sul, Rio Pardo, Passo Fundo, Lagoa Vermelha, Santiago, Bento Gonçalves, Soledade, Palmeiras das Missões, Pelotas, São Francisco de Paula, Ibiaçá, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Getúlio Vargas, São Sepé, São Miguel das Missões, Canoas, Dom Pedrito, Rolante, Lajeado, Arroio dos Ratos e Ijuí.
Roteiro dentro da primeira Região Tradicionalista
Depois que a chama é transladada do local de origem, ela é conduzida e permanece num local pré determinado pela coordenadoria.
As Anitas Galponeiras, grupo composto de mulheres tradicionalistas da Primeira Região tradicionalista, criado e liderado por Vera Aguiar, especialmente para este fim, fazem a guarda da chama no período que antecede a ida para o parque da harmonia, local do Acampamento Farroupilha.
Antes da existência da sede da 1ª região, o 35 CTG recebia e guarnecia, em outras oportunidades também ficava em um CTG na cidade de Guaíba, para ser conduzida finalmente no dia 7 de setembro para Porto Alegre, quando abre oficialmente o acampamento farroupilha. Neste mesmo dia acontece a retirada de uma centelha da pira da pátria, no parque farroupilha, monumento ao expedicionário, repetindo-se o ato de Paixão Côrtes.
Acendimento no Acampamento Farroupilha
As duas centelhas então se encontram no acampamento, ao final da tarde. Nesta ocasião acontece a solenidade de abertura oficial do acampamento e o acendimento do candeeiro crioulo no galpão da primeira região. A partir de então é montada guarda pelos acampados que se revezam na guarda respectiva, por 24 horas diárias até a extinção no dia 20 de setembro. Também a partir deste dia, piquetes de cavalarianos dos 11 municípios que compõem a 1ª Região, retiram a centelha do galpão da região no parque harmonia e a conduzem para suas respectivas localidades.
Distribuição da Chama na Capital
No dia 14 de setembro acontece a abertura da semana farroupilha, dia em que a chama é distribuída por um piquete de cavalarianos nos seguintes locais: Palácio Piratini, Prefeitura Municipal, Monumento à Bento Gonçalves na av. João Pessoa e no Colégio Julio de Castilhos. Nestes locais ela fica sob guarda e responsabilidade destas instituições, sendo que no monumento à Bento Gonçalves, escolas e Brigada Militar se revezam.
A extinção se dá às 18 horas do dia 20 de setembro, quando se encerram as comemorações da Semana Farroupilha.
Chama Crioula Itinerante de Viamão
Origem
A Chama Crioula itinerante de Viamão (CCIV), surgiu no primeiro minuto do dia 21 de setembro de 2000. Ela foi idealizada por dois tradicionalistas Viamonenses, Sr. Vasco Clos Batista Filho e o Sr. Beno Brum, ambos do Piquete legenda Farroupilha, pertencente ao CTG Setembrina dos Farrapos. A justificativa da criação da CCIV foi porque no ano de 2000 a chama crioula de Viamão veio de três locais diferentes: uma centelha veio do Forte Santa Tereza, no Uruguai, por ocasião da 2ª cavalgada Internacional da Integração dos Pampas, trazida num candeeiro crioulo por cavaleiros do Núcleo Independente Raízes Mostardeiras, outra chegou com o Piquete das Anitas, ambos da cidade de Mostardas (23ª RT do MTG/RS) e outra pelo Piquete de cavalarianos de Alvorada (1ª RT do MTG/RS). Ao passarem por Viamão no dia 12 de setembro, os cavalarianos de Alvorada deixaram parte dela na Escola Técnica de Agricultura de Viamão (ETA).
Outra centelha foi recolhida no dia 13 de setembro no parque harmonia, em Porto Alegre (1ª RT do MTG/RS), que por sua vez, veio de um fogo de chão que arde a 263 anos na Fazenda Boqueirão, no interior de São Sepé/ RS. No mesmo dia às 18 hs, nas trincheiras dos Farrapos, Lomba da Tarumã/Viamão, como era de costume, foi feito um fogo de chão pelo Sr. Nonito Sueiro e João Fagundes, de onde foi retirada uma centelha que se uniu com as outras duas (Forte Santa Tereza no Uruguai e Fazenda Boqueirão), formando assim, uma única chama para as comemorações Farroupilhas daquele ano.
Durante a semana toda havia uma preocupação por parte de alguns tradicionalistas, de que esta chama, pela sua procedência e importância histórico-cultural, não fosse simplesmente extinta à meia noite do dia 20 de setembro, como de costume, desde que a ronda crioula foi criada por Paixão Côrtes, mas que ela permanecesse acesa na Setembrina dos Farrapos, passando mensalmente de galpão em galpão. Isto porque não se tratava de uma chama qualquer, era algo diferente, havia um sentimento místico-histórico-cultural entre os participantes do evento.
Ao final das comemorações foi proposto pelos dois tradicionalistas, acima citados, ao presidente da União Tradicionalista Viamonense (UTV), Valdomiro Mezzette, a permanência desta chama, o que prontamente foi aceito. Assim sendo foi instituída a Chama Crioula Itinerante de Viamão, com o compromisso de: “Enquanto houver um gaúcho vivo em Viamão, esta Chama Crioula Itinerante deverá permanecer acesa”.
Oficializada na Primeira Região MTG/RS
Posteriormente em 06 de dezembro de 2003, foi oficializada no XIII Congresso Tradicionalista Regional (CONTREG), da 1ª Região Tradicionalista. Em janeiro de 2009, completou-se a centésima cavalgada do translado da Chama Crioula Itinerante de Viamão.
EM RESUMO a Chama Crioula Itinerante de Viamão, é uma centelha da chama que arde no galpão da Estância Boqueirão na mais de dois séculos.
Representatividade da Chama Crioula no meio tradicionalista dentro do Estado
Regiões Tradicionalistas
O Movimento Tradicionalista através de suas 30 regiões no Rio Grande do Sul, recebe a centelha anualmente, distribui a centelha da chama gerada a partir de uma cidade previamente escolhida, para todos os municípios do estado, e em muitos deles é redistribuída para distritos e subprefeituras. Estima-se que estão envolvidos nesta fase cerca de 2000 cavaleiros, que recebem a incumbência de cavalgar até suas localidades para a entrega deste símbolo cujo acendimento faz parte da abertura oficial dos Festejos Farroupilhas no estado, para mais de 2500 entidades.
Além disso, em todos os eventos oficiais, rodeios, festas campeiras, festivais artísticos, em todo o estado durante todo o ano a chama crioula é acesa sendo este um ato oficial incluído no cerimonial dos eventos.
Fontes:
1. Ivone Costa – 15 anos de UTV, no Lombo da Cultura Gaúcha, 2004
2. Celso Broda – Chama Crioula Itinerante de Viamão (http://www.portalviamao.com.br)
3. Almanaque dos Gaúchos 3, pg 51
4. Criação do 35 CTG, Cyro Dutra Ferreira
5. Primórdios do MTG, Paixão Côrtes
6. Cerimonial e Protocolo na organização dos eventos tradicionalistas, Cesar Tomazzini. Pesquisa: Cesar Tomazzini.
Adair Rocha é tradicionalista, declamador e líder com experiência na preservação e promoção da cultura gaúcha. Sua jornada incluiu a subcoordenadoria da 1ª Região Tradicionalista em Alvorada, onde coordenou e apoiou iniciativas tradicionalistas, fortalecendo os laços culturais na comunidade.
Como comunicador de rádio, envolveu-se na difusão da cultura gaúcha, compartilhando histórias, músicas e eventos relevantes para a comunidade tradicionalista.
Como patrão do CTG Amaranto Pereira por quatro anos, liderou e desempenhou papel crucial na organização de eventos, promoção de atividades culturais e na representação da entidade. Atualmente é conselheiro na Fundação Cultural Gaúcha do MTG/RS.