O Dia da Favela, comemorado em 04 de novembro em todo o Brasil, este ano homenageia a sambista Leci Brandão, coautora da Lei do Dia da Favela no estado de São Paulo. Esta data simbólica foi criada para reconhecer a resistência, a potência e a importância social, cultural e histórica das favelas brasileiras e de seus moradores.
Em Alvorada as atividades estão programadas para acontecer nesta segunda-feira na rua Cedro, 848, Bairro Maria Regina, das 18h às 22h.
Haverá roda de samba com duas vocalistas, apresentações do Grupo de Passinhos anos 80 e 90 da favela, dança do Cortadinho, balé, capoeira, zumba e o tradicional churrasco no meio da rua. Os organizadores esperam um grande público.
Origem
O Dia da Favela foi instituído em 2006 pela Central Única das Favelas (Cufa) para dar visibilidade à potência das favelas brasileiras, destacando seus talentos e conquistas em diversas áreas, como cultura, esporte, empreendedorismo e educação. A data não comemora a existência de favelas, mas reconhece todos os seus problemas, fazendo dessa data uma parada para que seus moradores possam refletir sobre o que foi conquistado e do que ainda precisam.
A data, que esse ano entra na agenda de mais 19 países, celebra a capacidade de superação e o protagonismo dos seus moradores que, apesar das adversidades, seguem transformando suas realidades. 2024 será o primeiro ano em que o IBGE reconhece o nome “Favela” substituindo pelo então, aglomerado subnormal.
Leci Brandão
A escolha de Leci Brandão como homenageada em 2024 reforça a conexão entre o samba, a cultura popular e a resistência das favelas. Ao longo de sua carreira, Leci Brandão tornou-se símbolo de luta pelos direitos humanos e equilíbrio social. Cantora, compositora e ativista, Leci é também uma das grandes personalidades brasileiras que transita em todos os segmentos da sociedade levando a bandeira dos negros, mulheres e do gueto com total maestria.
“A Leci Brandão representa o espírito da favela: luta, resistência, cultura e transformação. É uma honra para a Cufa poder prestar essa homenagem a uma mulher que, assim como nossas favelas, nunca desistiu de lutar por um Brasil mais justo e igualitário”, afirmou Kalyne Lima, presidente da Cufa Brasil.