Ser tradicionalista hoje é, acima de tudo, um ato de coragem e resistência. Em meio a um mundo ligeiro, cheio de modernidades que andam mais depressa que cusco em dia de trovoada, manter vivas as raízes da nossa querência é tarefa de quem carrega o Rio Grande no peito — não por moda, mas por convicção.
Nos tempos de antigamente, tradição se aprendia no galpão, ao redor do fogo de chão, ouvindo causos dos mais velhos, entre um mate e outro bem cevado. Hoje, o cenário mudou — e muito. Mas será que a essência se perdeu? Não, senhor!
Ser tradicionalista em pleno século 21 é muito mais que usar bombacha no desfile ou enfeitar o chimarrão no Instagram. É atitude, postura, respeito e compromisso com a cultura que nos formou.
É saber que o lenço atado ao pescoço representa valores, que o som da gaita carrega memórias, e que uma trova bem feita tem mais força que discurso de autoridade.
Hoje, a tradição precisa ocupar novos espaços. Ela está no CTG, sim, mas também pode (e deve) estar nas escolas, nas redes sociais, nas rodas de conversa. E não adianta só se emocionar em setembro e guardar a pilcha no armário até o ano que vem. Tradição se vive o ano inteiro.
Mais do que repetir costumes, o verdadeiro tradicionalista de hoje ensina, compartilha, representa. Ele entende que tradição não é prisão no passado, mas bússola pro futuro.
Ele não se apega apenas aos hábitos, mas aos valores do gaúcho de verdade: o respeito à palavra dada, a honra da família, a coragem de enfrentar a vida com dignidade.
A gurizada de hoje, mesmo de celular na mão, pode — e deve — ser guardiã dessa herança. Basta que alguém lhes mostre o valor do que temos. Basta que o exemplo esteja vivo. E é aí que entra a missão de cada um de nós.
Portanto, meus caros Peões e Prendas, ser tradicionalista nos dias de hoje é cuidar da nossa cultura como quem cuida de um fogo antigo: alimentando com carinho, protegendo do vento e mantendo acesa a chama que nos torna quem somos.
💬 E tu? O que significa ser tradicionalista pra ti hoje?
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Adair Rocha é tradicionalista, declamador e líder com experiência na preservação e promoção da cultura gaúcha. Sua jornada incluiu a subcoordenadoria da 1ª Região Tradicionalista em Alvorada, onde coordenou e apoiou iniciativas tradicionalistas, fortalecendo os laços culturais na comunidade.
Como comunicador de rádio, envolveu-se na difusão da cultura gaúcha, compartilhando histórias, músicas e eventos relevantes para a comunidade tradicionalista.
Como patrão do CTG Amaranto Pereira por quatro anos, liderou e desempenhou papel crucial na organização de eventos, promoção de atividades culturais e na representação da entidade. Atualmente é conselheiro na Fundação Cultural Gaúcha do MTG/RS.