A Lenda do Boitatá é uma narrativa folclórica profundamente enraizada na cultura brasileira, sendo uma das mais marcantes criações do escritor João Simões Lopes Neto. Este renomado autor brasileiro do século XIX, conhecido por suas contribuições à literatura regionalista, imortalizou a história do Boitatá em sua obra “Lendas do Sul”.
O Boitatá é uma criatura lendária da mitologia tupi-guarani, que se manifesta na forma de uma serpente de fogo, habitando principalmente as regiões pantanosas do sul do Brasil. Sua imagem é aterradora: um grande réptil com olhos brilhantes que emitem chamas, capaz de devorar quem ousar desafiá-lo.
A lenda conta que o Boitatá é um guardião dos campos e das florestas, uma entidade protetora que castiga os desrespeitadores da natureza. Sua aparição é associada a fenômenos naturais, como relâmpagos e incêndios, atribuindo-lhe poderes sobre os elementos da terra. Diz-se que ele protege as matas e os animais dos caçadores e dos invasores.
No entanto, apesar de sua natureza temível, o Boitatá também pode ser benevolente. Segundo a tradição, ele guia os viajantes perdidos de volta ao caminho seguro, desde que estes mostrem respeito pela natureza e pelos seres que nela habitam.
A lenda do Boitatá é muito mais do que uma simples história folclórica; é uma representação simbólica da relação entre o homem e o meio ambiente. Ela nos alerta sobre os perigos da destruição desenfreada da natureza e nos lembra da importância de respeitar e preservar o mundo natural que nos cerca.
Assim, através das palavras de João Simões Lopes Neto, a lenda do Boitatá continua a ecoar nas mentes e nos corações dos brasileiros, lembrando-nos da beleza e do poder da mitologia folclórica e da sabedoria contida nas histórias ancestrais.
Adair Rocha é tradicionalista, declamador e líder com experiência na preservação e promoção da cultura gaúcha. Sua jornada incluiu a subcoordenadoria da 1ª Região Tradicionalista em Alvorada, onde coordenou e apoiou iniciativas tradicionalistas, fortalecendo os laços culturais na comunidade.
Como comunicador de rádio, envolveu-se na difusão da cultura gaúcha, compartilhando histórias, músicas e eventos relevantes para a comunidade tradicionalista.
Como patrão do CTG Amaranto Pereira por quatro anos, liderou e desempenhou papel crucial na organização de eventos, promoção de atividades culturais e na representação da entidade. Atualmente é conselheiro na Fundação Cultural Gaúcha do MTG/RS.