Na expectativa do novo decreto que deve ser publicado ainda hoje pelo Governo do Estado, que muda as regras do Distanciamento Controlado e coloca todo o RS em bandeira vermelha, a delegada do Sindicreches / Alvorada e presidente da Associação dos Dirigentes das Escolas Privadas de Educação Infantil de Alvorada (Adepeia), Laura de Andrade avalia o momento que a Educação Infantil está passando no município.
Só em Alvorada, ela lembra, são 52 escolas de Educação Infantil (creches e escolinhas) cadastradas no Conselho Municipal de Educação, somando cerca de mil pessoas empregadas, a maioria delas mulheres.
“E pela segunda vez a Justiça toma decisões na madrugada, pegando de surpresa as escolas, crianças e suas famílias. Tudo isso é um absurdo”, lamenta, acrescentando ser este um desrespeito com a Educação e a comunidade.
Laura de Andrade sustenta que, desde o início, o problema da Educação Infantil estar fechada é por terem acrescido outro nível de ensino. Embora sua escola particular atenda do berçário ao Ensino Médio e outra, conveniada com a Prefeitura, seja dirigida a crianças carentes, defende que, em bandeira preta e situação de risco, somente abra a Educação Infantil.
Além do risco de contágio que essas crianças estão enfrentando ao frequentarem diferentes ambientes, muitos deles despreparados para receber os pequenos, ela relata a tristeza dos alunos. “Muitas de nossas crianças pedem de aniversário ir para a escola. É muito desespero para eles e seus pais”, avalia.
Ressalta, ainda, que o comércio está aberto e as pessoas não tem onde deixar seus filhos, que ficam em casas de vizinhos, parentes ou com irmãos maiores
Laura salienta que o Ministério Público do RS é a favor da volta às aulas, assim como também a Prefeitura de Alvorada, pois o prefeito Appolo iria assinar decreto autorizando o retorno da Educação Infantil nas escolas particulares e conveniadas.
Quanto à ida do governador Eduardo Leite a Brasília, a expectativa é que consiga autorização para a vacinação dos professores gaúchos e um retorno do Superior Tribunal Federal, que até agora não se manifestou sobre os mais de 10 processo de volta às aulas enviados pelo Rio Grande do Sul. “Todo o Estado está apoiado na decisão de uma única juíza e de uma associação de pessoas com partido político, mas sem voto, que não se elegeram nas urnas e agora quer governar pela justiça”, condena Laura de Andrade.