A diretora Executiva da Associação Brasileira de Educação Social e de Serviços (ABESS), Laura de Andrade, apresentou ao defensor Público de Alvorada, Dr. Rafael Machado, o Programa Acolher e Incluir na tarde de quarta-feira (23). O programa que desempenha um papel central na política pública de educação inclusiva nas 32 escolas municipais, é conduzido pela ABESS por meio de uma equipe técnica composta por nove psicólogos, quatro assistentes sociais e 93 profissionais de apoio escolar.
Durante a apresentação, Laura destacou o impacto do programa, mencionando que desde o seu início, em 1º de julho deste ano, já foram realizados mais de dois mil atendimentos. Informou que a ABESS utiliza uma plataforma tecnológica inovadora e exclusiva, desenvolvida especialmente para a educação inclusiva. Esta ferramenta, única no Brasil, permite o acompanhamento detalhado dos atendimentos e o desenvolvimento dos estudantes da educação especial, tanto em Alvorada quanto em Porto Alegre, onde a instituição também atua. Até o momento, a plataforma já registrou mais de 20 mil atendimentos para um total de 5.814 estudantes com deficiência nos dois municípios.
Capacitação
Outro ponto de destaque foi a qualificação dos profissionais de apoio escolar. Embora a legislação exija apenas a formação em nível médio, a ABESS oferece capacitações que já somam mais de 80 horas para a equipe de Alvorada. Os cursos abrangem desde cuidados básicos e atendimentos específicos, até o entendimento dos diferentes tipos de deficiência e das melhores práticas de manejo em cada situação. As formações são conduzidas por psicólogos, assistentes sociais, psicopedagogos e especialistas em educação inclusiva da equipe da ABESS.
Laura também enfatizou ao Dr. Rafael que a inclusão escolar precisa ser realizada com uma abordagem técnica e por uma equipe multidisciplinar, que é o foco principal da ABESS. “Educação inclusiva não se faz apenas com o profissional de apoio escolar”, afirmou. Ela ressaltou que essa visão reduzida pode acabar isolando o estudante do contexto escolar, quando o ideal é que toda a comunidade escolar — direção, equipe de orientação escolar, técnicos especializados, professores da sala regular, professores do AEE, profissionais de apoio escolar, famílias e demais envolvidos — colabore ativamente para uma verdadeira inclusão.
