Ação sindical garante pagamento do piso do magistério municipal

Aumento votado pela Câmara de Vereadores foi determinado na Justiça a partir de ação do Sima

Foto: SIMA / Divulgação / OA

O direito dos professores alvoradenses de terem seus salários equiparados ao piso nacional é resultado de meses de negociações encabeçadas pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alvorada (Sima).

Em reunião ocorrida na última semana entre a Câmara de Vereadores, Secretaria Municipal de Educação (Smed) e Secretaria da Fazenda foi debatido o reajuste de 19% no salário básico da categoria, o que garante a equiparação ao piso nacional sancionado no início de 2022 pelo Governo Federal.

Com isso, em 01 de novembro, a remuneração para matrículas de 20 horas passa de R$1.618,79 para R$1.926,36, enquanto o Piso Nacional é de R$ 1.922,00. Conforme a Administração Municipal, trata-se de um ganho real, “uma vez que, diferente de abonos e gratificações, incide sobre todas as vantagens da carreira e, direitos previdenciários”.

Sima

O presidente do Sindicato, Rodinei Rosseto, relembra a trajetória desta conquista, iniciada em dezembro de 2021 quando o Governo Appolo assinou uma ata em que se comprometia a cumprir o pagamento do piso a partir da sanção presidencial, o que não aconteceu. “A Prefeitura roeu a corda em fevereiro e concedeu só 12,20%, e isso porque o Sima pressionou, pois a intenção era pagar apenas os 10,20% da inflação”.

Foi então judicializada, em março, ação para garantir o pagamento do piso, o que será cumprido agora. Rosseto informa ainda que a Justiça vem cobrando do município os investimentos feitos na Educação nos dois últimos anos.

A partir da votação desta terça-feira (18) que garante o pagamento do piso, o Departamento Jurídico do Sima se dedica à recuperação dos ganhos retroativos ao início do ano, equivalente a cerca de R$ 4 mil por professor, além da manutenção da regência de classe de R$ 240,00 (garantida por lei) e a extensão do reajuste aos cargos de supervisor e orientador das escolas.

Rosseto salienta que os diretores de escola tiveram correção de 25% dos seus FGs, “o que mostra que governo e vereadores priorizaram os benefícios para os seus”, conclui.