Depois da AES Sul ser punida pela Agência Estadual de Serviços Públicos Delegados (Agergs) com uma multa de R$ 8,3 milhões por prestar serviços ruins aos seus consumidores entre os meses de dezembro de 2013, janeiro e fevereiro deste ano outras duas concessionárias de energia elétrica correm risco de punição.
A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e a Rio Grande Energia (RGE) foram notificadas pela Agergs que avaliará, nos próximos 30 dias se as duas empresas também devem ser punidas pelas falhas no serviço.
Segundo o presidente da Agergs, Carlos MArtins, após a notificação da CEEE e da RGE as duas companhias devem conceder explicações à agência.
“De posse destes esclarecimentos, a Agergs irá fazer esta avaliação sobre a possibilidade de multa. É bom lembrar que seguimos um longo processo administrativo. No caso da AES Sul, depois de aplicada a multa, ainda cabe recurso no conselho superior da Agergs, além do recurso junto à Aneel”, explicou em entrevista à Rádio Guaíba nesta terça-feira.
Martins esclareceu que cada companhia de energia tem metas em relação ao abastecimento de luz.
“De acordo com o regulamento da Aneel, cada empresa tem uma determinada quantidade de dias em que pode ficar sem fornecer luz. Uma vez que este número é ultrapassado, é preciso verificar se é passível de multa. É bom ressaltar que estes valores se transformam em dívidas fiscais e as empresas ficam inadimplentes junto à União”, disse.
Multa para AES Sul
Por ter prestado serviços ruins aos seus consumidores nos meses de dezembro de 2013 e janeiro e fevereiro passados, a AES Sul foi multada nessa segunda (05) em R$ 2,6 milhões pela Agergs. Além dessa punição a empresa será obrigada a reembolsar os clientes, via desconto nas contas de energia, em R$ 5,7 milhões. O custo total da punição é de R$ 8,3 milhões.
Entre os problemas criados pela AES Sul, responsável pelo atendimento de mais de 1,24 milhão de clientes em 118 municípios da região Centro-Oeste do RS, destacam-se cortes de energia elétrica de um, dois e três dias para a grande maioria dos clientes e até casos de mais de 30 dias para grupos menores de consumidores.
Fonte: O Alvoradense / Com informações Correio do Povo