A crise que atinge o país desde o início do ano dá sinais de que pode se agravar com os problemas econômicos no outro lado do mundo. O problema da vez é a China e, apesar da distância, os impactos devem chegar a Alvorada.
O professor Luiz Fernando Oliveira da Silva, de Comércio Exterior na Faculdade São Marcos, fala que apesar de ser cedo ara determinar os motivos reais da desaceleração da economia chinesa, o governo chinês, do ponto de vista cambial, desvaloriza sua moeda, frente ao dólar para tornar os produtos baratos e as empresas competitivas. “Isso propicia a retomada de crescimento no mercado internacional”. Por outro lado, a desvalorização da moeda local afeta as exportações de que vende para eles, como o Brasil.
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Dados do Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior do Brasil, indicam já no primeiro semestre de 2015, uma redução de 19,41% em valores das exportações para a China.
O que pode ser problemático para qualquer país, é para o Brasil um problema ainda maior. O motivo é o fraco desempenho da economia. E os impactos não são apenas globais. Conforme dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), Alvorada foi o município que mais gerou empregos em julho de 2014 no Rio Grande do Sul. Neste ano, contudo, o saldo do mesmo mês fechou negativo, com 149 demissões a mais do que as contratações.
Empresas do Distrito Industrial já sentiram o impacto da desaceleração da economia. Só uma indústria do ramo de móveis demitiu nas últimas semanas 120 profissionais.
A Associação Comercial e Industrial de Alvorada (Acial) garante que tem trabalhado em parceria com município e Estado para que mais empresas se instalem na cidade. De acordo com o presidente da entidade, Maurício Cardoso, é necessário um levantamento das áreas do Distrito e mobilização para execução dos projetos. “Como Muffato que está com projeto em fase de execução, mas depende de apoio do poder público”, comenta.
Fonte: O Alvoradense