A Polícia Civil (PC) gaúcha recebeu um importante reforço em sua frota de veículos. São mais 45 novas viaturas, estas semiblindadas, que se somar ao equipamento da Polícia Civil no combate à criminalidade no RS.
A entrega de 41 viaturas ostensivas zero quilômetro (outras quatro ainda estão em produção e devem chegar nos próximos meses) foi realizada na manhã desta terça-feira (5), em solenidade em frente ao Palácio Piratini, na Capital.
A polícia gaúcha é a primeira do País a receber viaturas com escudo balístico. O investimento total para a aquisição dos 45 veículos do modelo Duster, da Renault, foi de R$ 6.190.614,45, verba com origem em emenda da bancada federal gaúcha no Congresso, proposta em 2019 no total de R$ 6.194.813,00 (R$ 5.473.314,00 do repasse da União e R$ 721.499,00 de contrapartida financeira do RS). A diferença, resultado do processo final de licitação, retorna ao Governo Federal.
Economia
A previsão inicial era de compra de 41 viaturas por R$151.093,00 cada (preço do orçamento para aprovação do projeto), uma por município, incluindo Alvorada, conforme indicação realizada pelos deputados federais e senadores gaúchos na proposição da emenda, em 2019. Com a economia da licitação realizada pelo Governo do Estado, que fixou o valor unitário de R$ 137.569,21, foi possível utilizar a sobra do recurso para aquisição de outros quatro veículos, também um por cidade, com destinação definida pelo planejamento da Polícia Civil.
Tecnologia
As novas viaturas com proteção balística, devem garantir maior segurança aos policiais na rotina de policiamento e de operações.
A tecnologia de blindagem utiliza na carroceria dos carros mantas com nove camadas do tecido de fibra de aramida, mais leve que o aço e com capacidade de resistência quatro vezes maior. A proteção instalada é do nível III-A, que suporta disparos de todos os tipos de arma de mão, como pistola .40 e 9mm.
O sistema de aplicação utiliza somente peças inteiras de manta, moldadas exatamente de acordo com a área a ser coberta. O mesmo é feito nas partes que recebem reforço em aço, com peças estampadas no formato idêntico ao do desenho de projeto das montadoras, o que facilita a instalação e qualifica o nível de proteção ao eliminar a necessidade de emendas.
Nos vidros, a blindagem é composta pela sobreposição de materiais para assegurar a resistência balística padrão: são três camadas de vidro, intercaladas com uma de aço, duas de película plástica PVB (polivinil butiral), além de selante de poliuretano (PU) e uma última de plástico policarbonato. Para cada uma das unidades adaptadas, é emitido um certificado de blindagem junto ao Exército, vinculado ao chassi do carro, garantindo a rastreabilidade do material de uso restrito.
Para assegurar a qualidade da proteção, representantes da Polícia Civil e da Brigada Militar verificaram de perto todo o processo de adaptação dos veículos. Em setembro de 2020, uma comitiva das forças de segurança gaúchas visitou no Estado de São Paulo as fábricas dos componentes e a empresa responsável pela instalação da blindagem. Os profissionais acompanharam um rigoroso teste de resistência a disparos, realizado em um laboratório especificamente preparado para atender aos critérios estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).