A segunda etapa do programa Mais Médicos vai destinar seis profissionais cubanos para Alvorada. A informações foi confirmada na tarde desta quinta-feira (24) pela secretária municipal de saúde Janete Conzati.
O anúncio oficial deve ser realizado pelo Governo Federal nos próximos dias. Segundo apurou O Alvoradense, em todo o Rio Grande do Sul 150 médicos vindos de Cuba devem atuar em cerca de 30 municípios.
Os profissionais devem chegar ao Estado já na próxima semana. Um evento em Porto Alegre deve ocorrer com prefeitos e secretários das cidades contempladas pelo programa para recepcionar os médicos estrangeiros.
Segundo Conzati, no dia 5 os cubanos já devem estar trabalhando nas unidades de Alvorada. A secretaria ainda analisa onde cada profissional deve atuar, mas a expectativa é destinar cada um para uma UBS.
Eles vão trabalhar 40 horas semanais na área da saúde da família pelos próximos três anos. O número de médicos para Alvorada pode aumentar caso haja um novo remanejamento pelo Ministério da Saúde, conforme explicou a secretária.
Os participantes do Mais Médicos receberão do governo federal uma remuneração de R$ 10 mil por mês. Os cubanos, no entanto, ficarão com apenas R$ 4 mil. Os outros R$ 6 mil vão para os cofres do governo de Cuba.
“Estamos muito felizes. Espero que eles nos ajudem a mudar a forma de atender os pacientes”, conta Janete. “Eles têm uma percepção diferente da saúde pública”, analisa.
Sem médicos na primeira etapa
Após idas e vindas, Alvorada terminou a primeira etapa do programa Mais Médicos com apenas um profissional contratado. A Secretaria Municipal de Saúde havia solicitado doze.
Na primeira lista divulgada pelo Ministério da Saúde, a cidade contava com três profissionais selecionados. Problemas na inscrição, no entanto, fizeram a lista encolher em todo o país, deixando Alvorada de fora.
Com o acréscimo dos médicos estrangeiros e ajustes nas inscrições dos brasileiros, o número voltou a subir e a cidade, por fim, recebeu um médico. Ao começar a trabalhar, no entanto, conforme conta Janete, o médico se opôs a cumprir as 40 horas semanais e acabou dispensado.
Fonte: O Alvoradense