As fortes chuvas, acompanhadas de vento de até 70km/h, que estão atingindo o Estado, principalmente a Região Metropolitana e Litoral Norte nesta terça-feira (26) levou a Secretaria Municipal da Educação a suspender as aulas de hoje nos turnos da tarde e noite.
Muitas áreas próximas às escolas do município estão alagadas, além dos bairros que sofrem com as cheias já há 12 dias, o que deve se normalizar ao longo da semana.
Contudo, nos bairros Americana, Nova Americana, Onze de Abril e Sumaré, ainda não há previsão de que as águas do Arroio Feijó escoem. Isso porque as Lagoa do Patos está com nível muito acima do normal, o que provoca a cheia no Lago Guaíba, rio Gravataí e, consequentemente, o Feijó. As casas mais baixas estão alagadas desde o último dia 11.
Leptospirose
Mais de 150 pessoas estão sendo monitoradas pela Vigilância em Saúde no Rio Grande do Sul, suspeitas de casos de leptospirose. Oito delas são alvoradenses, todas encaminhadas para a realização de exames.
A leptospirose é uma doença causada pela urina do rato. Para evitar o contágio em caso de cheias, é necessário a utilização de um calçado mais alto, uma roupa que proteja o corpo e a pele do contato com o lixo e a água, além da utilização de luvas nas mãos na hora de manusear os objetos que tiveram contato com a água.
Os principais sintomas são dores no corpo, muscular, febre e mal estar generalizado, que podem evoluir para a forma mais grave da doença, com amarelão na pele e sangramentos, levando à hospitalização e, até mesmo, à morte.
CEEE
Cerca de 3,8 mil pessoas seguem em casa nas áreas inundadas, algumas delas sem energia há 12 dias por conta do risco de choque elétrico.
A CEEE Equatorial informa que a decisão sobre o desligamento partiu, especificamente em Alvorada de uma avaliação da Defesa Civil.
Na noite de segunda-feira (25), eram 420 clientes sem eletricidade no bairro Americana
“Enquanto o nível dos arroios da região se mantiver acima da cota de segurança, não é possível estabelecer nenhum tipo de previsão de normalização do abastecimento“, diz nota da empresa.
Segurança
Muitos moradores, principalmente os homens, permanecem nas casas com medo da ação de ladrões que atacam à noite, com barcos sem motor, aproveitando a escuridão e o abandono de muitas residências. Elas temem que sejam levadas poucas coisas que sobraram.
Essas pessoas reclama da falta de segurança e pedem que a presença da Brigada Militar que afirma que em todos os turnos de serviços, tem efetuado patrulhamento, “até onde é possível acessar, sem que se corra o risco de acidentes ou danos e pontos fixos na localidade, visando transmitir à comunidade a segurança necessária”, divulgou em nota.