Calor exige maior cuidado com consumo de alimentos e água

Secretaria Estadual da Saúde segue com alerta para a onda de calor sobre o RS

Foto: Sasint/Pixabay / Reprodução / OA

A forte onda de calor desta semana no Estado reforça ainda mais a atenção que a população deve ter no consumo de alimentos e água. As altas temperaturas fazem que sejam mais comum os casos de intoxicação causada por bactérias e outros microrganismos. Por isso, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) da Secretaria Estadual da Saúde (SES) alerta para alguns cuidados que podem evitar estes episódios que podem levar a problemas intestinais, principalmente em crianças, idosos e gestantes.

O calor excessivo pode levar à desidratação, causando sintomas comuns como dor de cabeça ou cefaleia, letargia, irritabilidade, urina escura, náuseas, vômitos e confusão mental. Além disso, a falta de atenção com o preparo e a conservação dos alimentos pode ocasionar as chamadas Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), cujos sintomas mais comuns são vômitos, diarreias, dores abdominais, náuseas, febre entre outros, que podem se agravar levando a outras complicações e até à morte.

O aumento da temperatura propicia uma maior multiplicação de bactérias e outros microrganismos, além da produção de toxinas que podem contaminar os alimentos e a água. Os produtos de origem animal, como carnes, peixes, leite, ovos e derivados, são mais perecíveis. E, por isso, é preciso atenção especial no acondicionamento sob refrigeração desses produtos que sofrem rápida deterioração no calor.

Conforme ressalta a nutricionista e coordenadora do Programa Estadual de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Cevs, Lílian Borges Teixeira, o cuidado com a alimentação e hidratação é imprescindível. “Recomenda-se o consumo de 30 a 35 ml de água por quilo de peso. Por exemplo, se uma pessoa pesa 60 quilos, é necessário que ela consuma diariamente em torno dois litros de água. Ao fazer atividades físicas, esse consumo deve ser ainda mais elevado”, orienta.

Na alimentação, aponta a nutricionista e epidemiologista Amanda Brito de Freitas, também do Cevs, a opção melhor são os alimentos leves. “Alimentos in natura ou minimamente processados como frutas e verduras são de digestão mais fácil, devendo ser evitadas os preparos com alto teor de gordura e sódio, como frituras e industrializados”, destaca.

Outros cuidados com a alimentação:

Alimentos refrigerados e congelados devem estar armazenados em locais adequados. A embalagem deve estar íntegra, sem nenhuma alteração, amassada ou estufada.

Evite alimentos que estejam expostos a mais de duas em temperatura ambiente.

Higienize corretamente alimentos crus (como frutas, verduras e legumes) lavando com água corrente e utilizando após uma solução de água clorada (uma colher de sopa de hipoclorito de sódio para cada litro água).

Lave bem as mãos antes de iniciar a preparação dos alimentos e durante o processo sempre que necessário.

Faça o descongelamento dos alimentos em refrigerador, ou em forno micro-ondas quando o alimento for submetido imediatamente ao cozimento.

Refrigere os alimentos cozidos e perecíveis abaixo de 5°C, e mantenha os alimentos cozidos quentes acima de 60°C até o momento de serem servidos.

Fonte: Secretaria Estadual da Saúde / Governo do Estado