Cerca de 3 mil gaúchos atingidos pelas chuvas precisam deixar suas casas

No último relatório divulgado pela Defesa Civil, na noite de ontem, o número de pessoas que ficaram desalojadas ou desabrigadas depois dos temporais que atingiram o Estado deste a

Conforme o órgão, na Fronteira Oeste, o município de Quaraí foi o mais atingido num total de 33 cidades afetadas. No documento, a localidade teria 100 desabrigados e mil desalojados, mas a prefeitura local contabiliza ao menos 2,2 mil afetados. Em Rosário do Sul, na mesma região, 200 pessoas precisaram ficar em abrigos.

Na última medição, às 18h, o Quaraí estava 11,85 metros acima do seu nível normal e a previsão é de que suba até 12 metros.

Na Capital, até mesmo o quartel do 5º Regimento de Cavalaria Mecanizada foi afetado, com o muro da corporação desmoronando em dois pontos pela pressão da água. Felizmente o incidente não deixou feridos, apesar da violência da destruição nas ruas Duque de Caxias e Ascanio Tubino.

Na Região Metropolitana, Esteio foi o município mais atingido até aqui, com 205 desabrigados e 800 desalojados. Assim como em Canoas, a cidade teve vários pontos com a energia elétrica cortada para evitar o risco de choques.

Em Porto Alegre, a zona Norte sofre com o problema e tem 160 desabrigados.A Vila Asa Branca, no bairro Sarandi, que há dois meses foi atingida pelo estouro do dique, ficou novamente quase embaixo d’água.

A Defesa Civil de Porto Alegre, concentrou esforços na localidade, auxiliando na remoção de famílias. Algumas foram encaminhadas à Paróquia Santa Catarina, localizada nas proximidades. A maioria deixou as casas sem conseguir salvar praticamente nada. Enquanto isso, outras famílias, mesmo com os conselhos dos bombeiros, não queriam deixar as suas residências.

Pouco antes das 8h o arroio Sarandi transbordou no cruzamento da avenida Sarandi com a Assis Brasil. Rapidamente a água fez com que a rua desaparecesse, transformando num rio formado pela mistura de barro e lixo. Além de invadir quintais de casas e a entrada de empresas, a correnteza da água quase provocou a morte de uma motorista. A pedido da Defesa Civil, a CEEE desligou a luz de cerca de 900 clientes nos bairros Sarandi e Nova Brasília por questões de segurança.

O Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) considerou a zona Norte a situação mais grave de Porto Alegre após a chuva. “Foi a área mais afetada, porque a chuva não deu trégua. Há dois meses fizemos a dragagem de todo o Arroio Sarandi. Mesmo assim, o excesso de lixo que estava ali estrangulou o arroio”, disse o diretor do DEP, Tarso Boelter.

Fonte: O Alvoradense / Com informações Correio do Povo