Com a chegada do calor, já nas duas últimas semanas o nível do rio Gravataí registrou queda de 87 centímetros. Este número preocupa e é pauta da reunião online do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Gravatahy, nesta terça-feira (09). Entre os principais itens em discussão pelo colegiado está um novo acordo entre os usuários da água no manancial para garantir a prioridade ao abastecimento público no período de escassez.
A partir de reunião técnica da direção do comitê, foi alinhada a proposta apresentada, que define que, entre dezembro de 2021 e abril de 2022, quando o nível do Gravataí marcar 1m60cm na régua da estação da Corsan em Alvorada e 80 cm em Gravataí, será decretado o “nível de alerta” no manancial. Se a medida chegar a 1m30cm em Alvorada e 50 cm em Gravataí, passará ao “nível crítico”.
No nível de alerta, a ideia é que inicie o rodízio na captação de água diretamente no rio, suspendendo por um período determinando todas as captações que não sejam destinadas ao abastecimento para consumo da população. Até o último verão, esta medida restringia apenas as retiradas de água para irrigação, na agricultura. A intenção do novo texto é que setores como a indústria e o comércio tenham também maior comprometimento nas medidas preventivas à escassez. A estimativa é que, na bacia hidrográfica do Gravataí, aproximadamente 10% dos clientes da Corsan sejam estabelecimentos comerciais ou industriais.
A proposta ainda determina, mantendo o que já era previsto nos últimos períodos de verão, que, no nível crítico, todas as captações que não sejam destinadas ao abastecimento público sejam suspensas.
Fonte: Comitê Gravatahy