Após a assinatura da cessão onerosa por parte do Governo do Estado à empresa Fundição Ciron, ocorrida na última semana, um grupo de alvoradenses foi convidado pela diretoria da empresa para conhecer a fábrica de Santo Ângelo.
Aquela unidade emprega 1.400 moradores da região e foi possível a grupo conhecer seu funcionamento e logística. Participaram da visita o presidente da Câmara de Vereadores, Cristiano Schumacher e os secretários Municipais de Desenvolvimento Econômico, Geovani Garcia; Planejamento e Gestão Urbana, Eder Fraga; Fazenda, Planejamento e Orçamento, Marcelo Machado, e Gabinete e Relações Comunitárias, Paulo Ramos.
“A chegada da Fundimisa em Alvorada será um marco no desenvolvimento do nosso distrito industrial, trazendo para o município um conjunto de atividades econômicas na área metalúrgica, proporcionando inclusive a qualificação da mão de obra para gerar emprego e renda para os alvoradenses”, avalia o vereador Schumacher.
Expansão
A empresa de grande porte que atua no ramo de fabricação de peças para maquinários pesados, pretende instalar sua sede no Distrito Industrial de Alvorada, com um investimento inicial previsto de aproximadamente R$ 70 milhões e a geração inicial de 70 novos empregos diretos no prazo de 24 meses.
O desejo do grupo é que a Ciron atinja uma capacidade 50% superior à da Fundimisa uma vez finalizadas todas as etapas de expansão da unidade, com investimento total superior a RS 200 milhões. Neste sentido, a estrutura inicial projetada das instalações dos seus vestiários e restaurante prevê uma capacidade de atendimento de 600 colaboradores.
Atuando no segmento metalúrgico, a fundição atenderá aos mercados agrícolas de caminhões e reposição, atendendo demandas de grandes marcas como AGCO, John Deere, CNH, Caterpillar, Volvo, Meritor entre outras.
A nova fundição faz parte do projeto de expansão dos negócios da família Ely, detentora das empresas Fundimisa Fundição e Usinagem e Elyte Tecnologia, que realiza serviços de usinagem e beneficiamento de materiais metálicos. A Fundimisa é reconhecida atualmente como a maior fundição do Estado e uma das melhores empresas para trabalhar segundo a GPTW – Great Place to Work, ocupando a segunda colocação no pódio entre as grandes empresas (entre 1.000 a 9.999 colaboradores).
Cessão onerosa
É a segunda vez que o Estado utiliza o mecanismo de cessão onerosa para atração de investimentos. A Ely pagará mensalmente R$ 13.769,77, correspondente à reserva da área pelo período de 12 meses, prazo de realização de estudos técnicos de viabilidade do projeto. A medida faz parte do empenho do governo gaúcho para desburocratizar processos e fortalecer a atração de investimentos e empresas.
Ao final do prazo de um ano, a Fundição Ely poderá confirmar o investimento previsto para o local, de R$ 175 milhões, com projeção de geração de 100 novos de trabalho.