Conselho Municipal de Saúde é oficialmente contra a transferência do PAM 8

Solução apresentada pela Prefeitura, para abertura da UPA, foi rejeitada pela entidade

Foto: Jonathas Costa / Arquivo OA

Durante reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde (CMS), realizada na segunda-feira (6), foi aprovada pelos conselheiros a Resolução 01/2016. Esta oficializa a posição do CMS contra a transferência do atendimento do Pronto Atendimento Médico (Pam8) para a estrutura da Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA), que está sendo proposta pela Prefeitura de Alvorada.

O documento, que será entregue à Secretaria de Saúde, Câmara de Vereadores, Ministério Público e Conselho Estadual de Saúde, também solicita a abertura da UPA 24h nos prazos estipulados pela recomendação do Ministério Público.

Essa atitude, explica a presidente com CMC Janaina Marinho, está sendo tomada baseada, também, na fala da promotora de Justiça Rochelle Danusa Jelinek, que em 30 de maio participou de reunião do Conselho aberta ao público e que também contou com a presença do secretário Municipal de Saúde, Paulo Manenti.

“Como disse a promotora, não podemos permitir que Alvorada novamente perca o atendimento 24 horas em saúde, tão necessário à população”, disse Janaina, em referência às colocações da Dra. Rochelle.

Hospital e Pam8 preocupam
Também no noite de segunda os membros do CMS receberam o gerente administrativo do Hospital de Alvorada, Carlos Grossini e de duas enfermeiras da Secretaria da Saúde, que explanaram sobre a situação do PAM 8.

Quanto ao Hospital, o gerente salientou o grande número de atendimentos de baixa complexidade (cerca de 85%) que são realizados ali, e que poderiam ser solucionados nas UBSs ou no Pam8. “O que acaba sobrecarregando o hospital e dificultando o atendimento mais necessário”, se preocupou Janaina.

Também com relação ao Pam8 o sentimento é de preocupação. Conforme as profissionais, o número de médicos está abaixo do necessário no pronto atendimento, assim como também as especialidades estão deficitárias, seja por afastamento por licenças ou por desligamento da empresa que terceiriza o serviço. Elas lembraram que foram necessárias adequações nos setores de curativos, vasectomia (suspensa), esterilização, entre outros, resultado da inspeção da Vigilância Sanitária este ano, quando alguns setores foram interditados.

Como não houve presença de representante da Secretaria de Saúde, muitas das questões levantadas pelos membros do Conselho acabaram sem resposta. “Para a próxima reunião vamos convocá-los novamente”, afirmou a presidente.

Fonte: O Alvoradense