A decisão do governador José Ivo Sartori (PMDB) de cortar despesas e suspender os pagamentos de dívidas contraídas na gestão de Tarso Genro (PT) paralisou 19 obras de pavimentação em Alvorada.
As ruas que recebiam os investimentos foram escolhidas através do Sistema Estadual de Participação Popular e Cidadã durante os anos de 2011, 2012 e 2013 e as verbas garantidas por meio de convênio assinado em junho de 2014 entre Prefeitura e Metroplan.
Com o decreto do Governo do Estado que congela pagamentos por 180 dias, as empreiteiras deixam os canteiros de obras na cidade.
Na terça-feira (13) o prefeito professor Serginho participou de encontro com o governador no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. Serginho questionou sobre as obras que estavam em andamento na cidade e tiveram pagamento suspenso pelo decreto. Sartori ficou de avaliar as demandas da Consulta Popular referente ao município, mas não há prazo para uma solução definitiva para o caso.
O convênio previa repasses de cerca de R$ 7 milhões. O investimento contemplariam, além do asfalto, os processos de terraplanagem, drenagem, colocação de meios-fios, rampas de acesso e sinalização nas ruas Catumbi, Murilo Furtado, Estados Unidos, Anita Malfati, Jatobá, Três, General Vitorino, Wenceslau Escobar, Baobá, Tramandaí, Airton Senna, Pedro Álvares Cabral, Umbandistas, Tupi, Guaíba, Manoel Bernardes e Barão do Cerro Largo, e as avenidas Tarumã e Piratini.
Corte de horas extras afeta Bombeiros
O corte no pagamento de horas extras por parte do governo do Estado levou o Corpo de Bombeiros a fechar na sexta-feira (17) o quartel do bairro Mathias Velho, em Canoas.
Com baixo efetivo, a corporação adverte que parte das unidades da região Metropolitana também deixará de atender a partida próxima semana, o que pode atingir Alvorada.
Conforme o comandante dos Bombeiros, coronel Evilton Pereira Diaz, caso as horas extras não sejam liberadas para a corporação, mais quartéis serão fechados até o fim do mês.
Na região de Gravataí, Cachoeirinha e Alvorada, os trabalhos vão funcionar por meio de rodízio. Duas serão fechadas por dia, liberando apenas uma para atender as três cidades.
Em média, o governo paga 70 mil horas extras por mês aos bombeiros para suprir a carência de efetivo. A carga horária de um bombeiro é de 40 horas semanais. Com as horas extras, os soldados trabalham até 70 horas semanais.
Laboratório também aguarda verbas
O laboratório MHB Radiologia também foi afetado pelo corte de repasses do governo do estado. Como a cota de exames pagas pela prefeitura está em dia, a secretária de Saúde Mari Debortoli tenta negociar com o laboratório uma saída para o impasse.
Fonte: O Alvoradense