Dança do Cortadinho pode ser patrimônio do Estado

Projeto teve parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa

Foto: Reprodução / OA

Após análise técnica da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado, foi confirmado parecer favorável ao projeto de lei do deputado Zé Nunes (PT) que declara a Dança do Cortadinho, de Alvorada, como de relevante interesse cultural do RS.

No município, por iniciativa do vereador Leandro Tur (PT), o Cortadinho é patrimônio cultural imaterial de Alvorada, através de projeto de lei aprovado em outubro de 2021. A proposta tramitava no Legislativo desde 2019. “Quando propus a lei me criticaram nas redes sociais. Questionavam se era um projeto útil. Os vereadores ficaram com medo de aprovar, por isso demorou”, lembra o vereador petista.

“Valeu a luta, hoje nossa cidade tem muitos grupos divulgando e professores trabalhando com dança. Valeu a pena” avalia Leandro Tur.

Origem

A dança surgiu nos bailes de Alvorada, nos anos 70 e ganhou força com o passar do tempo. É um estilo bem característico, que parece ter como base o tango, a lambada e as danças de salão. Os antigos lembram dos bailes da Sociedade União, Uniãozinho, Columbia, Rosemari, Asa Branca, PoliSom, Pliper, entre outros, onde surgiu o gênero; e também nas festas de família e confraternizações.

Documentário

Lançado em dezembro de 2021 e financiado pela Lei Aldir Blanc o documentário sobre a Dança do Cortadinho foi desenvolvido pelo alvoradense Saul Jones. Ali está contada a história dessa cultura no município.

Apresentação

Para os próximos dias, Leandro Tur relata que a deputada Estadual Stela Farias (PT) está organizando uma apresentação de casais que dançam o Cortadinho durante o grande expediente da Assembleia Legislativa. Se aprovado pelos deputados, o passo passará a ser reconhecido em todo o Estado como patrimônio cultural alvoradense.