A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação de Economia e Estatística (FEE), apresentada nesta quarta-feira (30), apontou o menor índice de desemprego registrado no mês de junho desde o início da série da pesquisa, há 14 anos. A taxa de desemprego total caiu de 6,2% em maio para 5,7% da população economicamente ativa na Região Metropolitana de Porto Alegre, uma redução de 8,1%.
O levantamento é realizado mensalmente, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS).
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o desemprego caiu ainda mais, de 6,6% (junho/2013) para 5,7%(junho/2014), redução de 13,6%. A pesquisa aponta que o contingente de desempregados diminuiu em 21 mil pessoas na Capital gaúcha e região Metropolitana. A redução da população economicamente ativa em 69 mil pessoas é o fator decisivo para a queda, segundo o estudo dos órgãos econômicos. No total mais de 12 mil pessoas deixaram o mercado de trabalho, seja por que se aposentaram ou não estão mais à procura de emprego.
“Até o final dos anos 1990 o número de pessoas chegando ao mercado de trabalho era sempre crescente, com taxas de até 2% de variação entre uma pesquisa e outra. A partir da metade dos anos 2000 esses números começaram a inverter, tanto por conta dos idosos que se aposentam, como pelos jovens que estão buscando o mercado de trabalho mais tarde, após os 24 anos”, explica a estatística do Dieese Ana Paula Sperotto.
Construção Civil e Serviços contrataram mais no mês
O número de novas contratações subiu no setor da construção civil, com mil empregados a mais (0,8%), e na área de Serviços, com seis mil vagas preenchidas (0,6%) em junho. Já o setor de Comércio e reparação de veículos teve a maior queda, pelo segundo mês consecutivo, com cinco mil empregos a menos (-1,4%).
A indústria de transformação também reduziu o número de contratados em duas mil pessoas (-0,7%). “Considero essa queda na indústria e no comércio algo natural na atual conjuntura. Houve um ‘boom’ por conta dos incentivos no setor automobilístico, linha branca e dos programas habitacionais. Agora as pessoas já adquiriram esses bens, que são mais duráveis, e não temos novos compradores no curto prazo”,comenta Ana Paula.
Fonte: O Alvoradense