Esta semana falaremos de um dos destaques das doenças cardiovasculares: o infarto agudo do miocárdio (IAM). Toda esta ênfase se dá pois o ataque cardíaco, como popularmente é conhecido, está entre as doenças que mais matam no Brasil. Na semana passada, quando falamos de hipertensão arterial, destacamos que o coração é responsável por bombear sangue que irriga os nossos órgãos. Ou seja, de certa forma, ele também é beneficiado por esta irrigação.

O nosso coração é alimentado por artérias chamadas de coronárias. O infarto agudo do miocárdio acontece quando uma ou mais destas artérias são obstruídas formando um coágulo ou uma placa de ateroma (placa de gordura). A diminuição deste fluxo sanguíneo é o que leva o nosso músculo cardíaco a um processo de necrose (morte). A extensão da necrose depende de fatores como o calibre da artéria acometida, o tempo de evolução da obstrução e o desenvolvimento de circulação colateral. Na hipertensão arterial usamos o exemplo de que o sangue circula como se fosse água dentro de mangueiras. No infarto, estas mangueiras seriam “entupidas” por alguma sujeira, acometendo a circulação adequada da água.

Os fatores que predispõem ao ataque cardíaco estão relacionados à idade, ao colesterol alto, ao diabetes, ao tabagismo, à obesidade e, também, a fatores hereditários entre outros. Um ataque cardíaco também pode ocorrer devido a uma ruptura em alguma artéria do coração, ou coágulos que viajaram de outras partes do corpo pelo sangue. O sinal mais comum e frequente, característico de um ataque cardíaco, é sem dúvida a dor torácica que sufoca, de início súbito e de forte intensidade, localizada sobre a região esternal. Porém, nem sempre a pessoa sentirá dor no peito quando infartar. Desconforto abdominal, dor no braço e no ombro com progressão para mandíbula, podendo estar acompanhada de suor, vômitos e náuseas, são alguns dos diferentes sinais já relatados por vítimas desta doença.

Sobretudo, existem casos de pessoas que não sentiram nenhum sintoma antes de infartar, o que deixa esta enfermidade ainda mais preocupante. O IAM pode ocorrer a qualquer momento. No trabalho, praticando exercícios ou mesmo descansando. Algumas vezes ele é súbito, em outras leva horas para a pessoa perceber que está com algum problema. Em alguns casos, pode levar dias até que a vítima note uma dor mais forte ou alguma alteração. Mas o que geralmente acontece é que algum sintoma mais leve é ignorado até a piora do quadro, quando o paciente procura ajuda médica.

Na presença de alguma dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda médica mais próxima ou ligar para o 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Nunca é tarde para tomar medidas para prevenir um infarto, mesmo se você já teve um. Mudanças no estilo de vida também desempenham um papel fundamental na prevenção e na recuperação do coração.

O nosso coração trabalha 24h por dia durante 365 dias do ano, por isso, cuide bem dele.

Fonte: datasus.saude.gov.br