Economia gaúcha continuará crescendo, diz FEEE

Presidente da FEEE Aldamir Antonio Marquetti apresentou os resultados do crescimento estadual no Piratini | Foto: Caroline Bicocch / Palácio Piratini  / Divulgação  / OA
Presidente da FEEE Aldamir Antonio Marquetti apresentou os resultados do crescimento estadual no Piratini | Foto: Caroline Bicocch / Palácio Piratini / Divulgação / OA

“O conjunto de dados e o reflexo das ações do nosso Governo na economia mostram um cenário altamente positivo para o Rio Grande do Sul”. A afirmação de Tarso Genro foi feita durante reunião com a direção da Fundação de Economia e Estatística (FEE), ocorrida nesta segunda-feira (14), no Palácio Piratini.

Durante sua fala, o presidente da Fundação, Adalmir Marquetti, mostrou gráficos que revelam o “viés positivo” das economias brasileira e gaúcha. Segundo o economista, o Rio Grande do Sul criou condições para manter índices de crescimento do PIB superiores ao do país, diferente do que estava ocorrendo em anos anteriores, quando o Estado seguia ou ficava abaixo dos resultados nacionais.

Um dos dados citados foi o crescimento do PIB nos primeiros dois trimestres de 2013: no primeiro, o Brasil registrou alta de 1,9 e o Rio Grande do Sul 3,3%; já no segundo trimestre o resultado da economia gaúcha foi ainda melhor, 15% de crescimento, quase cinco vezes mais que o país que registrou alta de 3,3%.

A próxima safra de soja e arroz também remetem à manutenção do crescimento da economia gaúcha. O setor orizícola (de arroz), por exemplo, deve registrar alta superior a 5% em relação a safra anterior. Integrantes do governo que participaram do encontro ressaltaram a importância de os setores público e privado terem aproveitado o resultado da safra deste ano, potencializando o resultado do PIB no primeiro semestre (alta de 8,9%). “Não existe Estado no país que tenha uma composição tão efetiva da agricultura com a indústria. E tivemos o mérito de fortalecer e estimular nossa base produtiva”, destacou o secretário Marcelo Danéris, da Secretaria Executiva do Estado (Cdes).

Entre as ações do Governo do Estado que tiveram reflexo direto no resultado da economia gaúcha estão a Política Industrial, Plano Safra, o novo Fundopem e o Sistema Estadual de Desenvolvimento (Banrisul, Badesul e BRDE). “Não estamos atuando apenas nos setores tradicionais. Temos programas e projetos em andamento que favorecem os mais diversos setores”, lembrou o governador ao citar os investimentos em parques tecnológicos, a política de relações internacionais e a Sala do Investidor, que garantiram a chegada de dezenas de empreendimentos externos.

O presidente da FEE ponderou que é necessário que o poder público mantenha a elevação da taxa de investimento (o governo investe mais de 17% da receita). “Esses investimentos são fundamentais porque eles são mantidos mesmo em um contexto de crise global. Ao contrário dos investimentos privados, que muitas vezes acabam interrompidos em momentos de instabilidade econômica.

Tarso respondeu que o Rio Grande do Sul vai manter a taxa de investimento elevada, pois já garantiu financiamentos externos para a execução de obras e projetos estratégicos que estão em andamento. Além disso, o número de convênios assinados com o Governo Federal (PAC 1 e PAC 2) subiu 640% se comparado com o governo anterior.

Como já projetava o crescimento da economia com a aplicação do novo modelo de desenvolvimento, o governo gaúcho qualificou, desde o começo da gestão, 55 mil pessoas pelo Pronatec, colocando no mercado profissionais capacitados, em diversas áreas, para atender a demanda do mercado. O Rio Grande do Sul é líder absoluto no Brasil no oferecimento de vagas pelo programa.

Outro fator importante é a série de aumentos reais do salário mínimo real, que, conforme o governador, terá uma nova elevação no começo de 2014, para “manter a economia aquecida”. Estas medidas têm colaborado para a manutenção da baixa taxa de desemprego e a melhor distribuição de renda no estado.

Outras medidas já adotadas terão reflexo em um prazo mais longo: a reforma na previdência estadual (que criou um fundo de capitalização para novos servidores públicos) e o projeto que reestrutura as dívidas dos estados com a União (que está em processo de votação e será aprovado no Congresso Nacional.

“A economia gaúcha vive um novo momento e temos convicção de que as taxas elevadas de crescimento serão mantidas. Quem afirma que o Rio Grande do Sul está mal, o faz por preferir um outro modelo de gestão, que já deu errado aqui”, finalizou o secretário de Planejamento João Motta. Nos próximos meses, a FEE vai realizar um seminário público para detalhar e discutir o cenário e as perspectivas da economia gaúcha.

Fonte: O Alvoradense