Escalada de violência na Piratini leva medo e apreensão ao bairro

Série de tiroteios nos últimos dias fizeram vítimas na região

Avenida Piratini aguarda desde 2013 pela conclusão total das obras | Foto: Jonathas Costa / OA

A comunidade do bairro Piratini está mobilizada em busca de socorro. Após uma série de arrombamentos a escolas da região, de onde levaram equipamentos utilizados por alunos e professores, a violência do final de semana fez vítimas e espalhou o medo entre os moradores.

Na noite de sábado (26) uma dona de casa foi assassinada em frente a um mini-mercado localizado na avenida Olegário José Guimarães. Edna Martins da Silva foi atingida por seis tiros no tórax. Chegou a ser socorrida, mas morreu antes de chegar ao hospital.

De acordo com testemunhas, os atiradores usavam máscaras em um veículo Astra de cor vermelha. O alvo era um homem que estava no interior do estabelecimento. A vítima estava acompanhada da neta e dos bisnetos, que nada sofreram.

No domingo (27) um novo crime chocou a comunidade, desta vez na rua Santos Dumont, próximo à primeira ocorrência. A vítima foi um rapaz chamado Anderson, atingido por quatro disparos. Ele estava acompanhado de duas crianças e uma mulher, que foi ferida no pé e no pescoço e permanece hospitalizada. As crianças, de cinco e sete anos, também foram atingidas de raspão.

A polícia está investigando se há ligação entre os dois tiroteios. Pelas redes sociais, moradores relataram um suposto toque de recolher que passaria a vigorar no bairro. A Brigada Militar ainda não confirmou a veracidade da informação.

Reunião entre representantes da comunidade do bairro e comando da Brigada Militar buscou ampliação do policiamento na região | Foto: Divulgação / OA
Reunião entre representantes da comunidade do bairro e comando da Brigada Militar buscou ampliação do policiamento na região | Foto: Divulgação / OA

Reunião busca maior policiamento
Uma comitiva formada por representantes dos bairros Piratini, São Pedro e Caxambu estiveram em reunião com o comandante do 24º Batalhão de Policia Militar (BPM), Major Maurício Padilha, na terça-feira (29).

No encontro houve o relato das ocorrências na região. Também o comércio de entorpecentes nas proximidades das escolas e o aumento no número de usuários de drogas foi motivo para solicitar a retomada do patrulhamento escolar.

Fizeram parte da comitiva o vereador Juliano Marinho (PT), as diretoras e vices das escolas Emilia de Oliveira e Rui Barbosa e representante da Vale Verde; o coordenador do Conselho Tutelar, Jeferson Neni; presidente da Associação de Moradores da São Pedro, Farias; padre Sandro, da Paróquia Nossa Senhora da Saúde e pastora Elfi Rehbein, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

Ficou acertado entre a comissão e a Brigada Militar a criação de uma conta no Whatsapp para integrar as escolas e a BM. Assim, deverá acontecer um monitoramento mais efetivo, dando agilidade aos atendimentos em caso de ocorrência.

A Brigada também se colocou mais atuante no bairro.

Fonte: O Alvoradense