Escola oferece Xadrez como ferramenta para qualificar aprendizado

Aulas são ministradas para alunos do 1º ao 9º ano

Foto: Divulgação / OA

A iniciativa de um professor de História está oportunizando que alunos da rede pública de ensino representem o Xadrez de Alvorada pelo Brasil.

Há cerca de quatro anos Fábio Vinícius da Silva, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Emília de Oliveira, bairro Piratini, começou a dar aulas de Xadrez aos alunos interessados, após o período de aulas, ou seja, depois das 17h.

O número de interessados foi crescendo, e já no primeiro ano foi possível levar alunos a torneios em Alvorada, Porto Alegre e região. Na época os custos eram pagos com rifas.

Frente ao sucesso do projeto, a direção da escola autorizou que os alunos fossem atendidos no turno inverso às aulas, o que aumentou, ainda mais, o interesse.

Foi quando passaram a participar de torneios maiores, chegando a Brasília/DF na primeira edição da Copa Brasil de Xadrez Escolar, em 2018, conquistando medalhas. E no ano seguinte, 2019, estiveram na II Copa Brasil de Xadrez Escolar, em são Gabriel, interior do Estado, conquistando mais medalhas.

No início de 2020, frente à melhora no raciocínio e, principalmente, concentração e comportamento dos alunos em sala de aula, a Escola aceitou a proposta de ampliar as atividades, com jogos nos intervalos. Foi quando o professor Fábio parou de ensinar História e passou a se dedicar exclusivamente ao Xadrez, atendendo as turmas do 1º ao 5º ano em sala de aula e do 6º ao 9º ano no horário inverso.

Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, as atividades não pararam. Seguiram online, com aulas e a participação em torneios, inclusive na III Copa Brasil de Xadrez Escolar, agendada para o Paraná, mas que aconteceu de forma virtual em 2020.

IV Copa Brasil

Com o retorno às aulas presenciais, os alunos voltaram a praticar na escola e o próximo grande desafio será de 12 a 15 de novembro em Bauru/SP, na IV Copa Brasil de Xadrez Escolar.

Com o apoio da Secretaria Municipal da Educação (Smed), 10 alunos da rede municipal estão com passagens e estadia garantidas.

Contudo, para um grupo de ex-alunos, hoje no Ensino Médio, o professor Fabio não conseguiu apoio da Secretaria Estadual da Educação. O que restou ao grupo foi tentar buscar os valores, cerca de R$ 1.300 por pessoa, com a venda de rifas.

“Será uma experiência muito boa para estes alunos que poderão aplicar o que aprendem em sala de aula e ter a vivência de uma viagem representando o município em uma delegação esportiva, ainda mais em um esporte visto como sendo difícil e elitizado como o xadrez”, conclui o professor.