Pesquisa realizada pelo Sindicato Intermunicipal dos Estabelecimentos de Educação Infantil do Estado do Rio Grande do Sul (Sindicreches-RS), mostrou que 12,8% das instituições prevê o fechamento definitivo em 30 dias. A entidade, que conta com 1500 instituições cadastradas, não revelou o número de participantes da pesquisa.
Em Alvorada existem cadastrados no Conselho Municipal de Educação (CME), 52 escolas infantis, dessas, 16 são conveniadas e continuam recebendo recursos do governo Municipal, tendo em vista que é a única fonte de receita, pois não podem cobrar mensalidades.
Já as demais escolas infantis estão sofrendo com problemas financeiros com perda de receita de até 90%. Um grupo de diretoras das escolas infantis tem se mobilizado em diferentes frentes participando ativamente das ações junto ao Sindicreches – RS, na busca de possibilidades para todas.
Em entrevista na Zero Hora (05/08), anunciada na rádio gaúcha, a empresária Laura de Andrade, que é delegada do Sindicreches em Alvorada, alertou para a necessidade que algumas famílias tem pelo serviço, “Mães relatam que os filhos ficam com avós, em ‘cuida-se’ de crianças, que tem se proliferado neste momento de pandemia, sem nenhuma fiscalização. Nós respeitamos e sabemos da gravidade do problema, mas têm famílias que precisam da escola, pois voltaram ao trabalho. Não queremos obrigar ninguém a retornar, mas estamos falando de necessidade e não de vontade”. destacou Laura.
Alerta também para a preocupação com o Município de Alvorada “estamos em penúltimo lugar no alcance das metas do Plano Nacional de Educação na educação infantil. Já é trágico pensarmos que não conseguimos minimamente atender as nossas crianças nas escolas e creches. Nossa preocupação é com escolas infantis para as crianças, sejam elas públicas, privadas ou conveniadas, Alvorada precisa avançar nisso urgente”, destaca Laura, que atende 120 crianças gratuitamente, na Escola Floresta Mágica, mantida 100% pelo Colégio Êxito.
Volta às aulas
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, defendeu que todos os países devem ter como prioridade a volta às aulas de forma segura, para evitar uma possível catástrofe.
“Já enfrentávamos uma crise de ensino anterior à pandemia. Agora, estamos diante de uma catástrofe de toda uma geração que pode desperdiçar potencial humano e prejudicar décadas de atraso, exacerbando a desigualdade “, completou Guterres em entrevista a CNN.
O estado do Amazonas, que completa amanhã (06) um mês do retorno às aulas presenciais na rede privada de ensino, não registrou nenhum caso de Covid-19. Lá, as escolas seguem as medidas de isolamento, salas com 50% da capacidade máxima, distância de pelo menos 1,5 metro entre alunos, medição das temperaturas e implementação de estruturas de limpeza e higienização.
Segundo o secretário de Estado de Educação e Desporto, do Amazonas, Luís Fabian, as medidas de segurança também serão realizadas na rede pública que irá retornar dia 10 de agosto, e nas faculdades privadas que também retornam as atividades presenciais em agosto.
No Rio Grande do Sul não há prazo de retorno para às aulas presenciais. Na última quinta-feira (30/08), o governador Eduardo Leite apresentou uma pesquisa realizada com entidades educacionais do estado, onde foi sugerido que a Educação Infantil deve ser a última a retornar às atividades presenciais.