Estado e município ausentes na Audiência Pública sobre o Hospital

Encontro realizado na Câmara de Vereadores reuniu parlamentares, sindicalistas e funcionários

Foto: Mariú MD / Especial / OA

A expectativa dos mais de 400 funcionários do Hospital de Alvorada de esclarecer o que irá acontecer com seus empregos a partir de 1º de abril, foi frustrada na Audiência Pública chamada pela Câmara de Vereadores para debater o tema.

A ausência do Governo do Estado, Administração Municipal, Instituto de Cardiologia e da Associação Beneficente João Paulo II, do Recife, deixou os presentes sem muitas respostas sobre o futuro.

Para agravar a situação, durante a audiência chegou notícia de que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), negou o pedido feito através do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindisaúde-RS) de adiamento da assinatura do contrato entre o Estado e as novas gestoras dos hospitais de Cachoeirinha e Alvorada, confirmando que a futura administradora do Hospital de Alvorada, a Associação Beneficente João Paulo II, assume em 1º de abril.

Em resposta, é provável que durante assembleia geral marcada para esta quinta-feira (28) em Alvorada, os profissionais de saúde entrem em greve a partir de segunda-feira (1º).

Audiência

Chamada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores, a Audiência Pública para tratar de situação do Hospital de Alvorada reuniu funcionários; o presidente do Sindisaúde RS, Julio Cesar Jesien; vereadores de Alvorada, encabeçados pelos membros da Comissão Rodrigo Schim (PL) e Daniel Bordim (PL); o secretário Adjunto de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Porto Alegre, o alvoradense Douglas Martello; a deputada Estadual Stela Farias (PT) e comunidade.

Em suas falas, os funcionários relataram as dificuldades do trabalho, do abandono do Estado e da falta de fiscalização do município, e do temor da perda de emprego.

Houve uma série de denúncias contra a associação que deve assumir o Hospital de Alvorada, como o descaso com os trabalhadores quando representantes visitaram o local, falta de alvará da Vigilância Sanitária e uma série de processos respondidos pela entidade.