Deitado em berço esplêndido ou não, todo moleque nasce praticamente casado.
Sim, eu disse casado!
Além de um caso de amor eterno é também um caso de amor prematuro a bola de futebol.
Ela é a nossa melhor amiga, ela brinca, pula, quica, corre e, quando não queremos nada além de ficar quieto, ela está lá, paradinha, atrás da porta ou vez em quando a baixo de nossa cama.
Mas nossa predileção é ela ao nosso lado, nas nossas mãos, pés e obviamente na nossa cama, deitada ao nosso lado, é a nossa companheira.
Ela é o nosso primeiro amor, nos acompanha desde pequeno e geralmente o primeiro presente do nosso pai.
Branca, Vermelha, azul ou amarela, não interessa suas cores, mas interessa a alegria que nos proporciona, o sentimento que nos passa e o carinho com que ela nos trata a cada segundo em nosso lado.
Ao passar do tempo, nossa relação vai estreitando ainda mais, o sentimento de posse vai ficando ainda maior e o amor…
Há o amor, esse é lindo, puro e verdadeiro com essa relação.
Que relação louca essa!
Quando chega a nossa juventude então é pior, pois começam a chegar em nossas vidas novas tentativas de amores, novas oportunidades de felicidade, mas ela esta sempre lá, nos esperando nem que seja uma vez por semana em nossas peladas, e quem nos escolhe deverá saber que escolherá ela também.
Flertamos, noivamos, casamos e nossa relação inseparável com ela continua.
Por vezes nossos “pares” não entendem como podemos ter tanto afeto e carinho com a pelota, como podemos ter tamanha admiração por uma forma redonda, em couro, surrada dos chutes diários.
Mas nós temos a certeza de que somos muito felizes ao teu lado “gorduxinha”, como somos alegres com tua simplicidade “Nêga”.
Pro resto da vida tu serás minha, terás meu amor e não importa como te chamo “criança, maricóta, caroço, redonda” o que interessa mesmo é que tu sempre será meu primeiro amor.