Há anos o Rio Grande do Sul não consome tanta energia elétrica quanto nesta semana para tentar amenizar a onda de calor que castiga o Estado.
Apenas ontem (22), às 14h32min, quando os termômetros de Porto Alegre marcavam 38,1ºC, a demanda por energia chegou a 6.686 megawatts (MW), conforme registros do Centro de Operações do Sistema (COS) do Grupo CEEE, encarregado de monitorar o fluxo de energia no Estado.
O recorde anterior, gravado pelo COS, havia sido de 6.570 MW, registrado na última segunda-feira (20). Ontem, além do calor, as constantes quedas de energia, principalmente pela tarde, marcaram o dia. Milhares de pessoas foram atingidas.
As quedas de luz atingiram bairros de Alvorada, Viamão e Eldorado do Sul. Na área da AES Sul ocorreram cortes em Canoas.
Desde segunda-feira os moradores dos bairros Sumaré, Formosa, Bela Vista, Maringá, Fernando Ferrari, Passo da Figueira, Jardim Porto Alegre, Jardim Algarve e Passo do Feijó tem sofrido com as constantes quedas de luz.
A direção da CEEE garante que os cortes duram apenas cerca de 30 minutos, em média.
Segundo relatos de moradores, no entanto, em alguns bairros a luz falta, diariamente, desde o começo da semana, entre às 22h e 0h.
Investimentos
Segundo a estatal, as quedas de luz são reflexo do aumento do poder aquisitivo das famílias que possuem cada vez mais produtos eletrônicos. A rede, contudo, não possui capacidade suficiente para comportar o aumento de demanda. Até 2015 a rede de distribuição de energia elétrica de Alvorada receberá investimentos de R$ 40 milhões para a ampliação.
Vendas aquecidas
Nem só de transtornos vive a população em meio à onda de calor. O comércio, por exemplo, comemora o aumento dos lucros. As vendas de ar-condicionados e ventiladores já cresceram 50% nas lojas, quando relacionadas ao mesmo período no ano passado. Nos supermercados as vendas aumentaram 40% na comparação com janeiro de 2013.
Com preços, em média entre R$ 799,00 e R$ 2,5 mil para ar-condicionado e de R$ 99,00 para ventiladores, algumas lojas já estão com esses produtos em falta.
Fonte: O Alvoradense