Foi absolvido pelo júri, homem acusado de matar ex-namorada grávida

Crime ocorreu em 2017 e a defesa negou encontro do suspeito com a vítima

Foto: Reprodução / Arquivo / OA

O homem suspeito de ser o autor do tiro que matou uma jovem grávida, em 2017, foi absolvido pelo júri após julgamento que aconteceu na sexta (06) e sábado (07) no Fórum de Alvorada, presidido pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Alvorada, Marcos Henrique Reichelt.

Mariana Freitas Rodrigues, 17 anos, foi baleada na cabeça no dia 11 de maio de 2017, em frente à casa em que morava. Ela estava grávida de nove meses, foi socorrida rapidamente e a criança sobreviveu após uma cirurgia de emergência.

Os jurados, conforme o Tribunal de Justiça (TJ), consideraram a versão da defesa, que negou que o acusado, ex-namorado da vitima, tenha se encontrado com a adolescente, conforme a denúncia do Ministério Público (MP-RS). Ainda cabe recurso da decisão.

Durante o julgamento, a advogada do réu sustentou que “desde a instrução, a defesa verificou que o réu era inocente devido à fragilidade das provas. Motivo pelo qual foi absolvido”. O suspeito chegou a cumprir quatro anos de prisão preventiva.

Já o MP-RS afirma que “respeita a instituição do Tribunal do Júri, mas não concorda com o veredito”. Além disso, a acusação diz ter “convicção de que réu é o autor do crime e estuda os meios legalmente previstos para rediscutir a decisão”.

Crime

O crime aconteceu em 11 de maio de 2017, no bairro São Pedro. Por volta das 21 horas a jovem recebeu uma ligação e foi até a frente de casa, onde ocorreu o disparo.

Vizinhos relataram que ouviram um tiro e viram um carro deixando o local. Conforme a polícia, a jovem foi alvejada na altura do ouvido.

Mariana foi encontrada pelos vizinhos, que chamaram o Samu. Ela morreu no local, mas foi encaminhada ao Hospital de Alvorada, onde foi realizada uma cesárea de emergência, que salvou a vida da menina, que nasceu com 3,7 kg e 47 cm, ficando internada na UTI neonatal do hospital.

O ex-namorado, então com 18 anos, foi acusado pelo MP de feminicídio, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a vítima. Segundo a denúncia, o jovem teria cometido o crime por não aceitar a gestação da adolescente.

No interrogatório, conforme o TJ, o réu admitiu ter marcado encontro com a vítima, através de aplicativo de mensagens. Contudo, disse ter descumprido o combinado, não comparecendo à residência de Mariana.