Depois de mais que 40 dias paralisados os funcionários dos Correios realizaram neste final de semana um mutirão para regularizar as entregas afetadas pela greve. De acordo com o levantamento da estatal cerca de dois milhões de correspondências ficaram retidas no Rio Grande do Sul devido à paralisação.
Em todos os municípios afetados houve entrega de correspondências entre 8h e 17h30 do sábado e do domingo. O objetivo da instituição é que o serviço seja regularizado, em no máximo, 10 dias.
Segundo a assessoria de imprensa da empresa mais de 900 funcionários, cerca de 11% do efetivo, aderiram à greve. Já o sindicato da categoria afirma que cerca de 60% do efetivo aderiu ao movimento.
Na última quinta-feira (13) o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou a greve ilegal e determinou o retorno ao trabalho.
O sindicato gaúcho anunciou, no entanto, que será mantido o estado de greve pelo menos até o dia 8 de abril, data em que será realizada audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Brasília para discutir ação movida pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) contra os Correios.
Os ministros do tribunal decidiram ainda, o desconto de 15 dias no salário a ser pago, em abril, aos empregados, referente aos 42 dias de greve, com a compensação dos 27 dias restantes.
O TST entendeu que não houve descumprimento pela estatal da cláusula 11 do dissídio coletivo de 2013, que trata da assistência médica, hospitalar e odontológica, com a contratação de uma empresa especializada para a gestão do plano de saúde. A categoria alegava que, a partir da troca da gestora do plano de saúde da empresa para a Postal Saúde, teria ocorrido a perda de benefícios para os funcionários.
Fonte: O Alvoradense