O anúncio, realizado na quarta-feira (12) pelo Governo Federal, sobre o fim do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), implantado em 2019, pegou de surpresa os membros da Escola Cívico-Militar Carlos Drummond de Andrade, localizada no Jardim Alvorada. Mobilizada, a comunidade escolar passou a defender a permanência do sistema naquela unidade de educação estadual.
A decisão em conjunto dos Ministérios da Educação e Defesa fez o comunicado aos secretários Estaduais de Educação, oferecendo a opção de cada governo manter nos estados. Muitos são os governadores anunciando a permanência do sistema, inclusive o gaúcho Eduardo Leite. No RS há 18 escolas estaduais neste regime, que serão mantidas com recursos próprios e onde atuam como monitores Policiais Militares da reserva do Estado.
Contudo, há outras 25 escolas gaúchas pertencentes ao Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), nestes casos a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) afirma que seguirá o cronograma que for repassado por Brasília por se tratar de iniciativa do Governo Federal.
Escolas cívico-militares
Criado em 2019 e posto em prática no ano seguinte, o programa de escolas cívico-militares permitia a transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar. Neste formato, educadores civis eram responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa era assumida por militares. O objetivo foi diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar.
No modelo gaúcho, a adesão se deu por meio de consulta pública junto à comunidade escolar e a avaliação quanto ao funcionamento é positiva.