Governo do Estado suspende Cogestão Regional e aciona último nível do plano emergencial

Normas da bandeira preta passam a vigorar em Alvorada e na R10

Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini / OA

No dia em que a Secretaria Estadual da Saúde (SES) acionou o último nível da fase 4 do Plano de Contingência Hospitalar, montado no início da pandemia, o governador Eduardo Leite informou a suspensão do Plano de Cogestão Regional, aplicado em diversos municípios, inclusive Alvorada, pertencente à Região 10 (R10).

O anúncio ocorreu em reunião com os prefeitos gaúchos, realizada na tarde desta quinta-feira (25), e a suspensão vale por nove dias, a partir do sábado (27). Ou seja, regiões em bandeira preta seguirão as regras da mesma bandeira, não podendo minimizar o combate à pandemia.

O Estado atingiu uma ocupação superior a 90% dos leitos de UTI e os números negativos aumentam a cada dia, sendo esta a maior taxa de ocupação até agora.

Entre os novos protocolos, está o fechamento do comércio considerado não essencial, a suspensão das aulas presenciais e restrições nos restaurantes.

Fase 4

Além da suspensão imediata das cirurgias eletivas (com exceção das cirurgias de urgência ou que representem risco para o paciente), deverão ser instalados leitos emergenciais em salas de recuperação e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) intermediárias. Junto à ocupação dessas áreas a serem disponibilizadas, deverão também ser acionadas as equipes técnicas desses setores, especialmente as equipes médicas e de enfermagem.

Pelo RS ter chegado na fase mais crítica, a partir de agora os hospitais gaúchos, públicos e privados, têm o compromisso de disponibilizar toda a sua estrutura para atendimento de casos de Covid-19.

Conforme indicava o mapa de leitos no início da tarde desta quinta-feira, 2.698 leitos de UTI estavam ocupados em todo o Estado, incluindo leitos com atendimento pelo SUS e os privados, a maior taxa de ocupação da pandemia. A lista de espera por leitos em UTI também só cresce. No dia 13 de fevereiro, dois pacientes em estado gravíssimo aguardavam transferência para um leito de UTI. Nesta quinta, o número de pacientes com risco de morte esperando atendimento de UTI é de 30. Outro dado preocupante é cerca de 60% dos pacientes que internam em UTIs morrem.

Fonte: Governo do Estado RS

Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini / OA