Homem é condenado a 175 anos de prisão por matar os quatro filhos

Crime que vitimou crianças entre quatro e 11 anos, aconteceu em dezembro de 2022

Foto: MPRS / Divulgação / OA

O réu David da Silva Lemos, de 31 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri em Alvorada a 175 anos de prisão pelos assassinatos dos quatro filhos. A condenação atende à denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que apontou três homicídios triplamente qualificados, incluindo motivo torpe, meio cruel e asfixia, e um quadruplamente classificado.

Durante o julgamento, que durou dois dias, a acusação foi conduzida pelos promotores de Justiça Plínio Castanho Dutra, Leonardo Rossi e Daniela Fistarol. O julgamento, no Fórum de Alvorada, começou na terça-feira(13)  e terminou na noite desta quarta-feira (14), e foi acompanhado pelo promotor de Justiça Marcelo Tubino, que assina a denúncia e atualmente é coordenador do Centro de Apoio Operacional do Júri.

A decisão reforça a gravidade dos crimes cometidos por Lemos, que utilizou a morte dos filhos como instrumento de sofrimento contra sua ex-companheira. As vítimas, Yasmin (11 anos), Donavan (oito), Giovanna (seis) e Kimberlly (três), foram encontradas mortas dentro da casa da avó paterna, no bairro Piratini. Três apresentavam marcas de facadas, e a mais nova, sinais de asfixia.

Além das qualificadoras do crime, a pena foi agravada pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos. A condenação de 175 anos de prisão representa uma das mais severas penas aplicadas pelo Judiciário gaúcho, refletindo a brutalidade do caso e a necessidade de justiça para as vítimas e seus familiares.

Foto: MPRS / Divulgação / OA

Denúncia

Se souber ou suspeitar de algum caso de violência que envolva criança ou adolescente, não se cale! A vida deles pode depender da sua denúncia. Denunciar é rápido, sigiloso e salva vidas. Em caso de urgência ligue para o 190 (Brigada Militar). Em outros casos, procure o Conselho Tutelar, a Promotoria de Justiça ou Delegacia de Polícia mais próxima, ou ainda disque 100. Todos fazemos parte da rede de proteção.

Fonte: MPRS