A Lenda do Morro da Mariazinha, na cidade de Montenegro conforme contada pelos antigos da região, ganha ainda mais profundidade com a narrativa dos padres jesuítas que teriam fugido pelos rios próximos. Nessa versão da história, o Morro da Mariazinha não é apenas um cenário de tragédia e mistério, mas também um refúgio para aqueles que buscavam escapar de perigos iminentes.
Segundo os relatos transmitidos de geração em geração, os padres jesuítas, temendo perseguição e represália, encontraram abrigo nas profundezas do Morro da Mariazinha. Eles teriam usado os rios sinuosos e as densas florestas que cercavam a região para se esconder dos olhos daqueles que os perseguiam.
Durante sua fuga, os padres jesuítas teriam enfrentado uma série de desafios, desde as águas turbulentas dos rios até as emboscadas montadas por seus perseguidores. No entanto, guiados pela fé e determinação, encontraram no Morro da Mariazinha um santuário temporário onde puderam buscar proteção e segurança.
Enquanto permaneceram escondidos nas cavernas e grutas do morro, os padres jesuítas teriam continuado suas atividades missionárias em segredo, ministrando sacramentos e compartilhando a palavra de Deus com aqueles que os procuravam em busca de orientação espiritual.
Com o passar do tempo, a presença dos padres jesuítas no Morro da Mariazinha se tornou parte integrante da lenda local, acrescentando uma camada adicional de mistério e intriga à história já envolta em mistério. Diz-se que seus espíritos ainda vagam pelas encostas do morro, guardando os segredos do passado e protegendo aqueles que buscam abrigo em suas sombras.
Assim, a Lenda do Morro da Mariazinha, com seus elementos de fuga, perseguição e santuário, continua a inspirar a imaginação das pessoas e a evocar um senso de reverência pelos mistérios que permeiam a história da região. E mesmo que os detalhes exatos da narrativa possam ser contestados, seu impacto perdura, enriquecendo o tecido da cultura local e mantendo viva a chama do mistério e da aventura.
Adair Rocha é tradicionalista, declamador e líder com experiência na preservação e promoção da cultura gaúcha. Sua jornada incluiu a subcoordenadoria da 1ª Região Tradicionalista em Alvorada, onde coordenou e apoiou iniciativas tradicionalistas, fortalecendo os laços culturais na comunidade.
Como comunicador de rádio, envolveu-se na difusão da cultura gaúcha, compartilhando histórias, músicas e eventos relevantes para a comunidade tradicionalista.
Como patrão do CTG Amaranto Pereira por quatro anos, liderou e desempenhou papel crucial na organização de eventos, promoção de atividades culturais e na representação da entidade. Atualmente é conselheiro na Fundação Cultural Gaúcha do MTG/RS.