“O ato de ler é um ato de recriação do mundo”. Assim o escritor, letrista e professor Dilan Camargo, patrono da 13ª Feira do Livro de Alvorada, define a marca que o livro deixa em quem tem o hábito da leitura.
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Dilan participou de uma conversa descontraída com as crianças na tarde desta quinta-feira (10) no Espaço Hora da História. O patrono leu algumas obras para dezenas de ouvidos atentos que participaram interpretando trechos dos contos.
“Quem lê encontra nas páginas um passaporte para as viagens da alma”, avalia o escritor.
Para ele, Alvorada renasceu com a realização da Feira neste ano. O patrono é só elogios ao que definiu como “projetos de inclusão cultural pensados pela administração municipal”.
Em entrevista a’O Alvoradense, Dilan afirmou que, em todos esse anos de feiras do livro e atividades voltadas à literatura que já participou, nunca uma cidade teve a iniciativa como a do Vale Livro.
Os vales de R$20 que podem ser trocados por obras literárias, representam, na sua avaliação, muito mais do que uma oportunidade de adquirir um livro, mas também “uma forma de realização do sonho de folhear e, pela primeira vez, ser transportado a estes novos mundos que o leitura proporciona”.
“O livro é um objeto transformador, se existe acesso ao livro existe o encantamento”, avalia. Para ele, uma das cenas mais lindas foi poder ver cada criança levando pra casa sua “sacola de sonhos”.
Mudança no slogan
Dilan propôs uma alteração no slogan da Feira deste ano, acrescentando a palavra ‘grande’ em meio a frase ‘Ler é Compartilhar Sonhos’. “Isso muda completamente o sentido da intensão da Feira”, garante.
A alteração vai de encontro com o renascer cultural que, segundo a avaliação do escritor, teve um marco inicial nestes primeiros dias de feira do livro.
“Colocar o livro no foco das atenções principais da feira, sem eventos que talvez pudessem encobri-lo como atração principal, vem de uma cultura de valorização e vontade de mudança da população”, completou.
Para Camargo, mais importante do que os vales, somente a preocupação em preparar, antecipadamente, os professores e alunos da rede pública municipal. “De nada adiantaria ter a garantia do livro se o aluno ou o professor não souberem o que fazer com ele em sala de aula. As oficinas preparatórias foram fundamentais para o sucesso que está sendo esta feira do livro”, concluiu.
Fonte: Amanda Fernandes / O Alvoradense