Ministério Público apura uso da máquina pública durante campanha em Alvorada

Segundo Ministério Público Eleitoral, britas eram utilizadas como promessa de campanha | Foto: Samuel Silveira / OA

O Ministério Público Eleitoral ajuizou nesta tarde uma Ação de Investigação que apura indícios do uso da maquina pública durante a campanha em Alvorada. A Ação é contra o prefeito João Carlos Brum, o candidato a prefeito pela coligação Alvorada de Um Novo Tempo, Professor Borba, seu vice na chapa, Dilson Rui Pila, e também contra cinco candidatos a vereador da cidade: Irmã Sara (PMDB), Juliano Rosseto (DEM), Leilane Schiavoni (PTB), José Arno Appolo (PMDB) e Gerson Luis (PTB).

Segundo a Promotora Eleitoral Rita Conte Soeiro de Souza, após investigação preliminar “apurou-se o ostensivo uso da ‘máquina pública’ da administração do Município em benefício da candidatura Edson Borba e dos candidatos a Vereador”.

A Magistrada detalhou que “o ‘modus operandi’ do grupo revela-se extremamente engenhoso e sofisticado, já que explora eleitoreiramente um dos grandes déficits do Município de Alvorada, a questão da infraestrutura e do asfaltamento urbano”.

O Ministério Público Eleitoral verificou que os representados promoviam encontros com a comunidade que seria beneficiada com obras, oportunidade em que determinados candidatos pessoalmente compareciam, fazendo promessas de implementação de melhorias no asfaltamento nas ruas do bairro.

Posteriormente, foi providenciada pela Prefeitura a distribuição de diversas cargas de brita, que foram esparramadas em frente às residências dos eleitores, dando a impressão de que a obra do asfalto será realizada.

“A promessa de concretização do asfaltamento, diante das atuais condições das ruas que receberam as britas, é completamente inexequível em virtude da total inviabilidade técnica de implementação da obra, ao menos no atual momento, já que o lançamento da brita ocorreu sem que qualquer providência prévia tivesse sido adotada com o fim de preparar o logradouro para o recebimento do asfalto”, afirmou Rita.

A inviabilidade técnica de asfaltamento de ruas a partir do lançamento de britas sobre o chão batido foi revelada pelo parecer da Divisão de Assessoramento Técnico (DAT) do MP.

A Promotoria Eleitoral também verificou propaganda eleitoral dos representados nos locais em que as britas eram colocadas.

A colocação de brita-base pela Smov gerou insatisfação entre a população. Isso porque a brita colocada em pelo menos 50 ruas da cidade tem complicado a vida de muitas pessoas, em especial, idosos e portadores de alguma dificuldade de locomoção, conforme a edição impressa d’O Alvoradense divulgou no mês passado.

Fonte: O Alvoradense